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O retorno à porteira

- 05/12/2008

Entendendo a crise mundial e brasileira

 

Não há crise, se o país olha para o próprio chão,

produz seu alimento, sua roupa e, depois, inicia um processo

de urbanização. A crise existe mas não é bicho-papão!!!

 

Dizem que o Brasil está numa ­crise, mas que crise? Na verdade, esta palavra não deveria assombrar o produtor rural de produtos básicos para a popula­ção, uma vez que muitos brasileiros passam fome, ou seja, não há produtos suficientes para todos. Para evitar o aumento da fome, o Governo terá que achar uma maneira de viabilizar a produção rural destinada à mesa do brasileiro, pa­ra garantir empregos no campo. E, havendo empregos e alimentos, onde estará a crise? Certa está a frase do presidente Lula quando disse que o mercado interno livra o Brasil da crise que aflige o mundo.

No caso de ovinos e caprinos, a situação é mais clara: sequer existe uma produção interna capaz de atender a um almoço do brasileiro, por ano. Por isso, na ovino-caprinocultura a crise esfarela-se no horizonte, pois não há a carne ou leite suficiente. Pelo contrário, há um ce­ná­rio positivo, de produção crescente, pois existe mercado interno e mundial es­perando para comprar.

A verdadeira crise, portanto, é perigosa, quando faltam os elementos básicos da sobrevivência humana: ­alimen­tos, água, descanso, segurança, saúde. Quan­­do faltam alimentos, geralmente pode acontecer uma grande crise - diz a História (basta lembrar da Revolução Francesa, Revolução Russa e, praticamente, todas as revoluções). Hoje, a idéia de nutrição já evoluiu: sabe-se que não adianta somente haver alimento no prato, é preciso haver alimento nobre (car­ne, queijo, leite e etc.) para que real­mente o ser humano desenvolva seu potencial físico. Proteínas nobres são obti­das da carne e do leite, produtos que exigem uma pecuária bem estruturada.

Em resumo: a crise não é tão crise como se divulga, pois basta o Governo abrir os olhos e os cofres para o setor rural. Há, no entanto, outras coisas em jogo. É preciso observar um pouco a his­tória brasileira. Bem diz o livro de Dar­cy Ribeiro “Aos trancos e barrancos, porque o Brasil deu no que deu”, explicando o sobe-e-desce característico da riqueza nacional, em que verdadeiros impérios econômicos foram construídos com muita luta e, depois, destruídos, mos­trando absoluta inércia cívica por parte dos governantes. De fato, hoje, o Go­verno fala uma coisa e, na semana se­guinte, já está dizendo outra. Quem acreditar, pode montar um império e, na semana seguinte, vê-lo destruído. Assim têm sido os governos do Brasil. Esta é uma chance de Lula provar que pode ficar na História como um estadista de ver­dade!

Esta atual crise mundial, gerada pelos norte-americanos mostrou que lá, sim, existe Governo, pois ele já colocou mais de dois trilhões de dólares, obrigando a Europa e Ásia, somando dezenas de países ricos, a injetarem vários ­outros trilhões. Para consertar o erro dos ­norte-americanos, o Governo dos EUA defendeu e defende - com unhas e dentes - seu quintal, mesmo contrariando tudo que havia pregado até hoje. Muito diferente do que sempre aconteceu no Brasil. Aqui, por ironia, até fincaram o Cristo Redentor, no Rio, olhando para o mar (mercado estrangeiro), ao invés de olhando para o próprio país (mercado interno). Até o Cristo Redentor está de costas para o Brasil.

 

Da vaca para a ovelha

 

Quem sempre se dedicou à vaca de leite nunca saiu da crise, por longo perío­do, pois ela é permanente. Não existe fazendeiro rico, produzindo leite. Pode ser abastado, mas rico, não! Isso ­porque o Governo mantém esta atividade em crise, permanentemente, legislando sobre o preço do leite. O tão nobre ­produto vale bem menos que água - para azar das crianças! Existem mais de 1,5 milhão de propriedades, gerando dezenas de milhões de empregos: o leite poderia ter melhor sorte, mas não tem! Se o Brasil quisesse, estaria mergulhado num ocea­no de leite, repleto de crianças felizes nas escolas e jovens saudáveis. Falta Governo na questão do leite, produ­to essencial para cada nova geração! Por não ajudar a produção de leite, hoje, o Governo acaba gastando grandes fortunas com o atendimento à saúde da po­pulação, mais tarde. Os governos mos­tram um ranço maléfico contra os fazendeiros de leite: uma pena!

Desde o início do século XX o preço do leite é vigiado pelo Governo, pois este nobre alimento sempre foi utilizado para fazer politicagem. Lamentavelmente, não existe uma entidade privada forte para discutir com o Governo, a favor do produ­tor de leite, como em países avançados, onde basta ter 20 vacas para garantir um filho na faculdade! A maioria das entidades vive pendurada em verbas do próprio Governo e, então, jamais querem lu­tar a favor da classe, e vivem defenden­do cargos e o próprio “status quo”. Quando alguma entidade resolve botar a boca no trombone, o Governo logo a pune, can­­celando exposições, congressos e eventos naquela região, etc. A briga é mui­to desigual, para prejuízo dos fazendeiros que não têm onde se arvorar.

Na atual crise internacional, o produ­tor brasileiro de leite vai sofrer, como sem­pre! Muitos abandonarão, de vez, a atividade, preferindo criar ovelhas, frangos ou suínos que, mesmo na crise, irão se sair bem, pois são produtos de ciclo curto, ou seja, podem ser ­transformados em dinheiro rapidamente. Ruim para o leite de vaca; bom para as ovelhas.

 

 

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