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Matérias



Antes do acasalamento

- 04/11/2008

Através de uma atenção especial aos carneiros é possível

aumentar os índices de fertilidade dos rebanhos.

 

 

É importante que os carneiros passem pelo manejo correto antes de se aca­salarem, pois muitas vezes são usados animais com problemas de fertilidade, e é mais eficiente melhorar a poten­cialidade reprodutiva dos machos do que a fertilidade das fêmeas.

Às vezes, a inabilidade de alguns machos em produzir cordeiro passa despercebida em razão da alta porcentagem de animais que normalmente são utilizados. Por isso, não faz sentido cuidar e alimentar carneiros inférteis ou correr o risco de disseminar alguma doença infecciosa no rebanho com o uso de carneiros inférteis.

Os carneiros devem receber máxima prioridade por parte do produtor. Especial atenção deve ser dada antes do período de cobertura, pois qualquer problema sanitário pode produzir esterilidade temporária ou mesmo definitiva.

Para que possa cumprir a sua função de reprodutor, o carneiro deve:

 

n produzir sêmen em quantidade e qualidade suficientes para fecundar um grande nú­mero de fêmeas num período curto;

 

n ter boa libido ou desejo sexual pa­ra procurar as ovelhas em cio;

 

n ter habilidade para montar e cobrir satisfatoriamente as ovelhas em cio (monta com ejaculação);

 

n estar em bom estado físico que permita resistir ao trabalho durante todo o período de monta.

Algumas práticas de manejo dos carneiros devem ser tomadas entre seis e oito semanas antes do acasalamento. Veja a seguir:

 

Exame de fertilidade - O exame andrológico é importante antes do aca­salamento. Neste momento, é ­essencial a assistência veterinária. Afecções dos órgãos genitais constituem causas freqüentes de infertilidade. Cerca de 20 a 30% dos carneiros apresentam algum tipo de alteração nos seus órgãos ge­nitais que podem comprometer a fertilidade. A epididimite, geralmente por causa infecciosa, é a principal doença, que através da monta, o carneiro infectado deposita sêmen contaminado na vagina da ovelha, que passa a atuar como portadora passiva da doença, contaminando outros carneiros que a cobrem posteriormente. Para a avaliação andro­ló­gica recomendam-se critérios que buscam a máxima eficácia nos exames, com os menores custos aos produtores, como:

 

u Critério 1: Avaliação clínica dos carneiros antes da seleção zootécnica.

 

u Critério 2: Exame andrológico completo em animais para comercia­li­zação.

 

u Critério 3: Avaliação progressiva em carneiros que serão usados em monta natural, ou seja, maiores exigências nos animais com alterações clínicas e no sêmen.

 

u Critério 4: Exame andrológico completo em animais empregados como doadores de sêmen para inseminação artificial, incluindo concentração esper­mática, visando recomendação de diluições no sêmen.

 

 

 

Carneiros reprodutores precisam de atenção especial.

 

 

Controle sanitário - Todos os carneiros devem ser vermifugados, repetindo a dosificação três semanas após. Nunca banhar os carneiros com produtos arsenicais dentro das oito semanas antes de seu uso, pois pode produzir de­generação testicular. Carneiros tratados contra bicheira, feridas infectadas, pietin e abcessos, devem ser avaliados, considerando que estas afecções podem ocasionar degeneração testicular, com alteração da produção de sêmen por três ou mais meses.

 

Alimentação - O estado físico dos carneiros no momento do acasalamento está intimamente relacionado à sua performance reprodutiva. É recomendável que tenham uma boa alimentação, recebam pasto verde, boa água e sombra. Normalmente, seu uso na reprodução acontece na estação mais quente do ano, mas o calor ambiental pode ser uma das principais causas de degeneração testicular.

 

Melhoria da eficiência

do acasalamento

 

n Porcentagem de carneiros a usar: Não existe uma recomendação específica que possa ser aplicada a todas as propriedades. Geralmente 2 a 3% são suficientes. O emprego de maiores por­centuais de carneiros aumenta o custo de produção do cordeiro, sendo preferíveis estas porcentagens recomendadas, com animais de boa qualidade e perfor­mance reprodutiva avaliadas.

 

n Número de ovelhas acasaladas por potreiro: Naturalmente, depende da disponibilidade de área e do número de ovelhas no rebanho. Os potreiros pequenos são preferíveis pelo fato de evitar a dispersão dos animais. A disponibili­dade de pasto é, provavelmente, o que mais influencia o tamanho do rebanho por potreiro. Quando satisfatória, rebanhos em grandes lotações podem ser encar­neirados.

 

n Tempo de encarneiramento: En­car­neiramento prolongado acarreta pa­rições prolongadas. Estas não são desejáveis, tanto do ponto de vista de ma­nejo quanto do econômico. As parições concentradas têm a vantagem de produzir cordeirada mais uniforme, reduzir o tempo gasto no controle, geralmente in­tensivo, e facilitar o manejo das ovelhas e das pastagens. Na prática, de 6 a 8 semanas é o período ideal. No ­outono, em que a maior parte das ovelhas apresenta cio durante os primeiros 21 dias de encarneiramento, são suficientes 6 semanas.

 

Manejo geral

 

n Tosquia: O excesso de lã tende a reduzir a atividade sexual dos carneiros, principalmente dos animais demasiadamente gordos. Uma boa prática é tosquiá-los dois ou três meses antes do acasalamento. Atenção especial deve ser dada à remoção da lã dos ­testículos, evitando cortes no momento da tosa.

 

n Potreiros de manutenção: Não devem ficar em potreiros de difícil acesso ou ignorados até o momento de aca­sa­lamento ou tosquia. Devem ser mantidos perto da sede central ou num po­treiro usado com outras atividades. Isto apresenta, dentre outras, a vantagem de detectar, rapidamente, a ausência de algum animal e, no caso de morte, prevenir perdas de outros reprodutores.

 

Incorporação de novos reprodutores

 

A compra periódica de novos animais constitui um fator indispensável para melhorar a produção. Para bons resultados, os reprodutores devem ser substituídos ao redor de quatro anos de uso, embora possam ser usados por período mais longo. É comum observar que muitos criadores adquirem vários carneiros de uma só vez e, por um longo período, deixam de incorporar novos animais ao rebanho.

É recomendável uma substituição anual, que dependerá de um balanço entre o custo dos carneiros e a obtenção de médias razoáveis de melhoria que produzirão no rebanho. Recomenda-se que 25% dos carneiros sejam substituídos, anualmente por borregos. Tal procedimento permitirá um certo equilíbrio na idade dos re­­produtores, mantendo-se um certo nú­mero de animais adultos e experientes. Esta prática ajuda a manter o alto nível de fertilidade, acelera o progresso genético ou a melhoria do rebanho e mantém o custo da substituição dos carneiros dentro do razoável.

 

Arturo Selaive-Vilarroel é médico-veterinário e professor de Zootecnia na UFC.

Nelson Manzoni de Oliveira e José Carlos Ferrugem Moraes

são médicos-veterinários e pesquisadores da Embrapa Pecuária Sul.

Título original: “O manejo dos carneiros antes do acasalamento”.






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