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Pedilúvio evita o mal-dos-cascos

Autor: Marcelo Barsante Santos - 01/11/2008

       Em regiões de climas tropicais, a pro­dução de ovinos exige um correto ma­nejo, pois a umidade é perigosa. Quando chega o período das chuvas os cuida­dos com os animais devem ser em do­bro, principalmente quanto aos cascos.

Em época de chuvas, os ovinos ficam mais expostos a várias bactérias, entre elas a Dichelobacter nodosus, responsável por causar feridas nos cascos, provocando manqueira e mau cheiro. Es­sas feridas são identificadas pelo nome de pododermatite, ou “foot-root”.

Para prevenir a doença, basta ­seguir um simples ritual, destacando-se:

u o casqueamento;

u a instalação de um pedilúvio.

 

Casqueamento

 

Os animais devem ser casqueados uma ou duas vezes ao ano, antes de iniciar as chuvas e no meio do período seco. Esta ação provoca oxigenação no casco, ajudando a combater a bactéria, já que ela sobrevive em ambientes anae­róbicos. No solo, a bactéria vive cerca de 10 dias - um período longo e perigoso para os animais.

 

Pedilúvio

 

O objetivo do pedilúvio é evitar que os animais levem para dentro das instalações os germes que provocam infecções nos cascos. Deve ser instalado na entrada do aprisco.

O pedilúvio vem depois de um “aquo­lúvio”, que contém apenas água limpa. O objetivo do “aquolúvio” é deixar os cas­cos livres de sujeira (esterco, terra, etc.). Apenas cascos limpos deveriam mergulhar no pedilúvio que, afinal de contas, é enchido com material químico que ­custa dinheiro.

 

 

Tanto o pedilúvio como o “aquolúvio” podem ter a extensão de 2,5 m a 3,5 m para melhor manejar os animais.

O pedilúvio deve ser raso o suficien­te para que os animais molhem apenas os cascos, a fim de evitar que a misturada química atinja a pele. A solução quí­mica pode “queimar” a pele do animal.

 

u A solução química - A solução mais utilizada é a seguinte:

- formol - 10%;

- sulfato de zinco

- sulfato de cobre

- água sempre limpa

 

Para cada 20 litros de água, recomenda-se 500 g de sulfato de zinco; 1 kg de sulfato de cobre; 2 L de formol. Mis­­turar tudo em um balde e, logo em se­guida, despejar no pedilúvio. Na falta des­­ses produtos químicos, outros especialistas também indicam o uso da cal virgem diluída em água.

O formol pode endurecer os cascos e, por isso, o casqueamento é uma operação muito importante antes de utilizar o pedilúvio.

A freqüência com que ele pode ser usado depende da época do ano e da si­tuação. Como método preventivo em épocas de excessiva umidade, o ideal é que cada animal permaneça no pedilúvio, pelo menos, cinco minutos, uma vez a cada 7 ou 10 dias.

 

Tratamento

 

Animais infectados devem ser iso­la­dos do rebanho e passar pelo tratamento a cada dois dias, até que tenha cu­ra total do casco.

O pedilúvio tem, no entanto, função de tratamento local, ou seja, sozinho não tem poder curativo quando a pododer­matite encontra-se em nível avançado. Neste caso é necessária a aplicação de an­tibióticos específicos para matar a bactéria que já se encontra no tecido do casco e na falange.

Os mais indicados são à base de nor­floxacina e seftiofur. Como auxiliares: licor de vilate e oxitetraciclina em pó.

Em caso de animais com o casco já muito defeituoso e escancarado aconselha-se o descarte, pois estes animais são facilmente portadores da bactéria, podendo espalhar o mal pelo rebanho inteiro.

Diz o ditado: “a melhor solução é um veterinário no portão”.

 

 

Marcelo Barsante é zootecnista e consultor da Neo-Ovinos.






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