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Tudo começa pela boa informação

- 08/08/2008

Até a Bíblia começa com a frase: “Antes de tudo, existia o Verbo”, ou seja, existia a informação que era o próprio Deus. Da informação pode nascer tudo. Sem informação, a chance de erro é mui­to grande.

Nos velhos tempos, um pai tinha sa­tisfação em ver que seus filhos sabiam cultivar a terra como ele havia aprendido. Por milênios, os pais transmitiam aos filhos a informação que lhes daria o sustento pela vida inteira. Hoje é muito diferente: a informação não dura a vida inteira e, em muitos casos, dura ­apenas um único ano. Assim, o fazendeiro moderno tem que se atualizar tanto quanto um empresário urbano. Também não po­de continuar produzindo pouco, como an­tigamente: hoje ele tem que produzir o máximo no menor espaço possível.

Por isso, o tripé do sucesso exige: Informação, Administração e Seleção.

Hoje, você pode ser bem sucedido, mas seu vizinho - apegado aos ­métodos antigos - pode estar quase na miséria, por falta de informações adequadas.

Todas as informações podem ser resumidas em: região e situação. O estudo da região implica no clima, relevo, plantas, instalações, adaptação dos ani­mais, etc. O estudo da situação estu­da a administração possível, o ­escoamento da produção e presença de recur­sos (veterinários, zootecnistas, agrônomos, má­quinas, etc.).

Depois de analisar muito bem a região e a situação do empreendimento, de medir os prós e os contras, basta ar­regaçar as mangas.

Lembre-se: quando houver falhas no sistema, existe apenas um culpado, vo­cê mesmo! Nada de perder tempo culpando as pessoas que não recebem tantas informações como você. Se alguém é responsável pelo bom andamento da “fábrica de bons animais”, é você. Uma boa maneira de enfrentar os problemas é estar aberto para todo tipo de observa­ções, conselhos, palpites. Muitas vezes, uma simples sugestão pode valer fortunas para seu negócio. Por isso, a presen­ça em exposições, leilões, dias-de-campo, congressos e seminários é importante para colher subsídios.

Preste atenção aos ditados populares, pois são cheios de sabedoria. Por exemplo: “saco vazio não pára em pé”, signi­ficando que os animais precisam estar bem alimentados para poder gerar lucros. Se o saco estiver vazio, pode cair e, com a queda, destruir seu empre­endi­mento. Há outros ditados que podem ser colecionados e pregados na parede, como lembretes.

 

1) - Os fatores ambientais - Se al­guém está com frio procura como se aquecer; se está com calor procura se re­frescar. O mesmo deve acontecer com os ovinos. Os carneiros selvagens respeitam o organismo e escolhem o lugar para dormir, sempre menos frio no inverno e mais fresco no verão. Também deitam em lotes circulares, escondendo as cabeças do sol tórrido. Se o frio é grande, então “queimam” gordura corporal, per­dem peso, mas sobrevivem. O ser hu­mano pode suprir as falhas na alimentação por meio de rações diversas, de acor­do com o clima.

Os animais precisam de sombra; se não há árvores, então convém distribuir “som­brites” de preferência perto dos bebedouros.

Cuidado com árvores e arbustos, pois algumas são carreadoras de insetos, carrapatos, fungos, etc. que podem causar danos aos animais.

Evitar chão molhado, pois os animais detestam umidade no solo. Assim, o cocho de sal ou alimentação deve ­ficar longe da água.

Facilitar a reunião dos animais em lo­cais secos, para ajudar no manejo (contagem, etc.).

Lembre-se: os ovinos foram domesticados há 10.000 anos. Antes, não ­havia cercas e escolhiam pastos e ervas, de acordo com o seu instinto para ­prolife­rar e prosperar. O Homem os colocou em cam­pos cercados, sem chances de escolha alimentar. Assim, é tarefa do produtor amenizar as dificuldades dos animais, em todos os sentidos.

 

2) Solo e pasto - De nada adianta muito amor e dedicação se o solo é deficitário, principalmente em minerais. É in­teressante saber quais são as deficiên­cias da fazenda e tentar corrigi-las. A tec­no­logia moderna permite colocar no pasto todos os ingredientes que irão garantir animais saudáveis. A falta de vita­mina B-12, por exemplo, pode gerar animais coxos, e isso é prejuízo certo.

Fazer análise das plantas, ao mesmo tempo em que é feita também análise do solo, é muito interessante, permitindo equilibrar os alimentos concentrados.

Agindo assim, o moderno empresário terá à mão um ecossistema em ­pleno funcionamento, tendo como resultado animais saudáveis e lucrativos por ­muito tempo.

 

3) A associação de criadores - Tendo estudado o organismo animal que melhor se adapte à sua região e à sua si­tuação, estarão escolhidas a raça ma­terna e a raça paterna para os cruzamentos. Um bom gesto será, então, a filia­ção a alguma Associação de Criadores, onde acontecem acalorados bate-papos que servem como instrução. A troca de informação gera Ciência, rapidamente. Lembre-se: “Ciência nada mais é que a sistematização da prática”. Se todos contarem o que estão fazendo, numa Associação, haverá um melhoramento geral.

Quando alguém disser que tudo é difícil, mande-o comer um elefante. Isso quer dizer que ele não pode querer acordar e, de repente, estar sabendo tudo! Diz o ditado: “é fácil comer um elefante inteiro, dentada por dentada”.

É um pecado subestimar a sabedoria dos outros, ou a sabedoria já tornada coletiva. Por isso é muito bom pertencer a um clube, grupo ou associação local de criadores da raça. Se não ­existir um grupo deste tipo, funde um, pois tudo precisa de um começo. Quando a ­revista O BERRO surgiu, no Nordeste, praticamente não existiam associações, nem julgamentos de animais. Em poucos anos, havia dezenas, que levaram ao progresso acelerado como jamais se viu. O desenvolvimento da ovino-caprinocul­tura brasileira é muito mais acelerado do que aconteceu com a bovinocultura, no passado.

Pessoas unidas podem aprender juntas para benefício de todas. Das reuniões pode sair um programa que interessa a toda região (adaptando tecnolo­gias ao meio ambiente) e pode melhorar a situação (sistemas de escoamento da produção).

 

4) A história da raça - É preciso não cometer os erros que já foram come­tidos por outras pessoas. A melhor maneira para evitar erros é conhecer a história da raça, ou dos animais. É saber o chão em que está pisando. Muitos criadores passaram por momentos ruins e se saíram bem; eles precisam ser imita­dos. Os fracassos dos outros são estímulos para o caminho certo. Se ­cen­tenas ou milhares de criadores já selecionaram certos parâmetros, por que voltar a se­lecioná-los? Ninguém pensaria em começar a selecionar a raça ­Holandesa, de novo, pois há séculos ela vem sen­do selecionada para produzir leite. É preciso aproveitar as experiências acumuladas, para ganhar tempo.

A moderna economia não admite re­começos, uma vez que alguém já co­me­çou no passado. Assim, o correto é con­­­­­tinuar, evoluir, melhorar, rumo ao futu­ro.

É bom estar sempre atualizado com o Padrão da Raça, para saber comprar e vender.

 

5) Avaliação contínua - Ninguém ainda produziu o animal ideal, embora muitos afirmem que seu rebanho seja o melhor do mundo. As grandes corpora­ções, com centenas de fazendas filia­das, estão à procura do animal ideal para produção de carne. Assim, o desafio é achar o organismo ideal. Existe, por is­so, um enorme espaço para melhoramento genético e zootécnico.

É bom ter humildade para verificar erros e acertos nos acasalamentos. Afinal, a Genética segue regras ainda não muito bem conhecidas; de repente surge um animal que nada tem a ver com a raça ou com o esperado, mas que ­estava incluído no código genético. Na “loteria genética” pode surgir de tudo.

A melhor maneira é fazer uma avalia­ção contínua, de cada geração, no próprio rebanho e também no de amigos. Prin­cipalmente avaliar o desempenho de reprodutores.

 

 

 

6) Os inspetores - Todas as ­raças têm os seus inspetores, que estão sempre viajando, com chance de recolher mui­tos ensinamentos. O inspetor de registro é um viajante-informador, um ambulante curioso, que pode lhe dar muitas in­formações. Esse papel de transmitir ensinamentos talvez seja até mais impor­tante que o trabalho burocrático de apenas identificar e marcar os animais. Os ins­petores podem ajudar a superar muitas dificuldades e ajudar a alcançar objetivos.

 

7) A estante - Diz o ditado: “Mostre-me o que lês e direi quem és”. Não tenha medo de exibir uma pilha de revistas técnicas. Se possível, colecione as antigas revistas O BERRO. Encaderne-as e coloque, como livros, em sua estante. Muita gente vai morrer de inveja ao ver um monte de volumes na estante. Afinal, ali estão milhares de informações para o rebanho e a vitrine de todos os melhores criadores do país. Ali estão as fotografias de todos os animais que brilharam na história. Os ensinamen­tos dos anos que se passaram estão ali, nas suas mãos!

Ao lado, coloque outros livros da atividade. Produtor rural que lê, vale muito mais. Mesmo que você não tenha tempo para ler, coloque seus técnicos, tratadores e convidados para ler.

É bom ter sua Farmácia, que socorre os animais na hora extrema, mas também é muito bom ter sua estante de livros, para socorrer a mente na hora da precisão.

 






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