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No Paraná - Sistema intensivo de produção de cordeiros. Parte II

Autor: Prof. Izaltino Cordeiro dos Santos e Dr. - 01/09/2005

Na Parte 1, os autores mostraram os objetivos, os princípios básicos do Sistema Intensivo utilizado no Paraná e a aplicação do sistema. Agora, mostram os quatro sistemas de manejo.
 
 
I) - Manejo antes
do encarneiramento
 
1 - Avaliação para seleção
das matrizes
 
Condição corporal
l São consideradas aptas para reprodução segundo seu desempenho e condição corporal, de acordo com as características de cada raça e categoria.
l É realizada através da apalpação manual das apófises espinhais e dorsais, atribuindo uma pontuação que vai de 1,0 a 5,0 (1,0 = ovelha excessivamente magra; 5,0 = ovelha excessivamente gorda). Os dois extremos são indesejáveis. O ideal é ajustar para uma pontuação entre 3,0 e 3,5 pontos de escore corporal. O ajuste do escore corporal ideal é feito principalmente através do manejo nutricional, balanceando as dietas na alimentação em energia e proteína.
 
Sanidade    
s Examinar se estão livres de doen­ças contagiosas, como podridão de casco, provocado principalmente pelo manejo incorreto nos currais, que formam lamaceiros com mistura de fezes; falta de um casqueamento adequado (corte do excesso de unhas), provocando acúmulo de sujeiras nos espaços interdigitais e, conseqüentemente, o traumatismo. Se detectar a presença da doença, os animais infectados devem ser isolados para evitar a transmissão ao restante do rebanho, além da administração de tratamento adequado. A prevenção deve ser baseada no corte periódico dos cascos (aparar o excesso de unhas) e evitar lamaceiros próximos às instalações;
s Examinar se as mesmas estão livres da ceratoconjuntivite (conjuntivite). Se observar a presença da doença, isolar os animais infectados e tratar com colírios à base de clorafenicol ou oxitetraciclinas com hidrocortisonas ou com pomadas à base de gentamicina. A prevenção deve ser baseada na higiene das instalações e controle de moscas;
s Examinar também se estão livres de ectoparasitos (sarnas, piolhos, bernes, bicheiras, etc.). Se encontrar animais contaminados, tratá-los imediatamente e separá-los, se for o caso. Tomar cuidado com os equipamentos de tosquia, com pastagens sujas, entre outros;
s Verificar, também, se estão livres de endoparasitos (verminoses) através da OPG. Fazer o tratamento com anti-helmínticos. Avaliar o resultado de 8 a 10 dias pós-tratamento. A prevenção é feita através do manejo por categoria em pastagens de boa qualidade e lotação recomendada. Evitar o superpastejo. Fazer a leitura de OPG periódica e tratamentos estratégicos.
 
Idade                   
nÉ feita através da dentição, selecionando as fêmeas acima de 8 meses e não mais que 8 anos (exceto as que apresentem histórico que justifique      tal seleção).
 
Conformação           
s Observa-se o desempenho na estrutura corporal de acordo com as características de cada raça (idade, tamanho, peso, aprumos, etc).
 
Anomalias  
l Examinar a presença de prognatismo ou retroprognatismo, que é uma deformação no maxilar inferior que dificulta a apreensão e mastigação dos alimentos. Se for constatada a presença desse problema no lote, os animais deverão ser descartados para o abate. Trata-se de um problema congênito e pode ser transmitido para os descendentes, acarretando baixos índices zoo­técnicos da criação. Evitar cruzamentos consangüíneos (cruzamentos entre parentes);
l Examinar os aprumos e os cascos (descartando os animais com problemas de aprumos e deformações sérias de cascos, consideradas problemas congênitos ou crônicos).
 
Sistema mamário    
uExaminar se estão livres de mastites, que é uma infecção do sistema mamário que compromete o úbere da matriz. Se detectado o problema, o animal deve ser descartado. Atenção deve ser dada quando a matriz perde sua cria (morre ou é rejeitada) e no pós-desmama;
u Examinar se não há presença de tetos cortados ou atrofiados. Isto poderá ocorrer por um erro na tosquia, provocando a remoção ou cortes dos mesmos.
 
2 - Avaliação para seleção
dos reprodutores
 
Escolha do reprodutor
l Deve ser adquirido de propriedades ou cabanhas idôneas, que mantenham programas de controles sanitários e de seleção genética;
l A escolha deverá acontecer com base nas linhagens que apresentem as características de produção de carne, ou ao propósito a que se destina;
l Exigir o exame andrológico, para evitar possíveis perdas reprodutivas;
l Atestados de sanidade (epididimite e ectoparasitos).
 
Condição geral
u O reprodutor deverá apresentar tamanho e peso de acordo com a idade; estrutura corporal proporcional, co­mo membros e aprumos, linha dorsolombar forte e alinhada; região sacro-lombar, com potencial para desenvolvimento de carnes nobres; amplitude na caixa torácica; boa inserção de pescoço e paleta; cabeça masculina; saco escrotal pro­porcional, com testículos uniformes e com boa mobilidade; cabeça de epidídimo desenvolvido uniformemente e saúde do prepúcio.
 
Sanidade    
S Que estejam livres de doenças contagiosas como podridão dos cascos, ceratoconjuntivite, epididimite (a­no­malias de epidídimo), etc;
S Livres de ectoparasitas (sarnas, piolhos, bernes, bicheiras, etc.);
S Livres de endoparasitas (verminoses).
 
Idade                   
p Procurar selecionar reprodutores acima de 12 meses e não mais que oito anos (exceto os que a apresentem histórico que justifique tal seleção).
 
Anomalias  
q Livres de prognatismo ou retroprognatismo, deformações de aprumos e cascos;
q Livres de deformações no escroto e testículos, ou quando um testículo está preso na cavidade abdominal (monórquido ou monorquídeo).
 
Efeito Macho
j Machos que apresentam virilidade, libido e habilidade para cortejar as fêmeas e induzir ao cio.
 
II) - Manejo pré e durante
o encarneiramento
    
1 - Matrizes
 
Manejo em lotes        
j Dividir em lotes de acordo com o tamanho do rebanho, com um cronograma reprodutivo estabelecido para a propriedade.
 
Sanidade    
u Monitorar o rebanho através de OPG (contagem de ovos por grama de fezes), para controle da verminose;
u Revisar os cascos (aparando-os se for o caso).
 
Aplicar o “flushing”
l É um estímulo dado à ovelha, 15 dias antes do início do encarneiramento e durante o período (30 a 35 dias), para indução de cios sincronizados em um menor espaço de tempo, e promover a ovulação múltipla, melhorando os índices de concepção e de natalidade;
l Recomenda-se fazer tosquia entre 15 a 20 dias antes do início do encarneiramento, conforme cronograma reprodutivo, para estimular o consumo de alimentos e aumentar o seu peso corporal. Isso contribui na taxa de ovulação e concepção.
Mineralização            
p Manter sal mineral de boa qualidade à disposição dos animais, em cochos apropriados e cobertos.
 
Hora de trabalhar    
s Introduzir os reprodutores ao lote de fêmeas somente no final da tarde, pernoitando em trabalho e separados na manhã do dia seguinte;
s Colocar tinta marcadora buçal ou no peito do reprodutor, para identificar as fêmeas que estão sendo cobertas.
 
Hora de descansar
k Durante o dia, os machos devem ser separados das fêmeas e mantidos em piquetes com pastagens de boa qualidade com sombra e água, ou em baias abrigadas com alimentação a cocho.
 
Número de reprodutores
p Trabalhar com 2% do lote de matrizes;
 
III) – Manejo pós-encarneiramento, gestação e partos
 
1 - Matrizes
 
Revisão      
v Reavaliar a condição corporal (escore) das matrizes e corrigir a nutrição, se necessário;
v Revisar os cascos;
v Fazer OPG para monitorar a carga parasitária.
 
Gestantes
l Manejá-las em pastagens de boa qualidade separadas do restante do rebanho;
l Monitorar a verminose através da OPG;
l No terceiro mês de gestação ajustar bem a nutrição, dado à exigência pelo desenvolvimento do feto que apresenta 75% do seu desenvolvimento total neste período;
l Recomenda-se tosquiar as ovelhas entre o terceiro e o quarto mês de gestação, com o objetivo de estimular o consumo de alimentos e, conseqüentemente, ocorrer um aumento significativo da placenta. Isso melhora o desenvolvimento do feto, resultando no nascimento de um cordeiro com peso i­deal. Outra vantagem deste procedimento é que mantém as ovelhas limpas para o parto (dispensando o toalete pré-parto) e durante a lactação;
l No quarto mês de gestação, aplicar a vacina preventiva contra Clostridioses (principalmente contra enterotoxemia e tétano).
 
Partos
u Manter o lote em piquetes-maternidade ou em abrigos-maternidade, onde os partos poderão ser acompanhados e auxiliados;
u Observar se a mãe está fazendo a limpeza do cordeiro logo após o nascimento, para secar o pelame o mais rápido possível;
u Atender para que os cordeiros mamem o colostro (1º leite, que é um concentrado rico em minerais, proteínas, energia, imunoglobulinas), necessário para o desenvolvimento de anticorpos e imunidade às principais doen­ças.
u Após a primeira mamada, identificar a mãe através do brinco, o sexo do cordeiro e o peso ao nascer.
 
IV) - Manejo pós-desmama
 
Cordeiros
l Continuar fornecendo concentrados balanceados durante a fase, na média de 3% do peso-vivo;
l Fornecer volumoso de boa qualidade na proporção de 10% do pesovivo ou 4% de matéria-seca;
l Abater com idade entre 70 e 90 dias de vida, com peso-vivo de 30 kg a 35 kg.
 
Cordeiras   
v Reduzir fornecimento de concentrados para 2% do peso-vivo;
v Fornecer volumoso de boa qualidade à vontade;
v Iniciar a adaptação ao pastejo a partir dos 90 dias de vida;
v Manejá-las em pastagens limpas e de boa qualidade, separadas do rebanho adulto até a idade de 6 meses. 
 
Borregas    
s Categoria de fêmeas já selecionadas para matrizes, com idade acima de seis meses;
s Nesta fase, elas já poderão ser incorporadas ao lote de matrizes adultas que estejam vazias ou em início de gestação;
s Fornecer pastagens limpas e de boa qualidade, com suplementação mineral e concentrados à noite, se for necessário;
s Monitorar a verminose com intervalos de 30 dias, através da OPG;
s Iniciar a cobertura a partir de 8 meses de idade;
s É recomendado promover a tosquia quinze dias antes do início do encarneiramento, bem como ajustar a die­ta alimentar.
Publicado no Be 81





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