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Bom futuro, apesar do sócio de cá e o de lá

- 01/06/2006

Além dos seus 62 milhões de hectares de terras aráveis, o Brasil possui cerca de 170 milhões de hectares possíveis de serem aproveitados para atividades agrícolas, o que corresponde, aproximadamente, a toda a área agrícola dos Estados Unidos atualmente cultivada. Assim, o Brasil é o maior país do mundo a ser explorado na agro­pe­cuária. Aí reside sua grande força do futuro. Por que, então, não consegue deslanchar?
Os impostos brasileiros beiram 40%. Ou seja, de cada 100 laranjas colhidas, 40 vão para o Governo; de cada 100 cordeiros abatidos, 40 são do Governo.
Lá fora, no exterior, os países juntam-se para impedir as importações brasileiras. O país enfrenta uma das mais altas tarifas agrícolas do Ocidente: uma média de 30%. Ou seja, de cada 100 laranjas exportadas, 30 ficam para o governo do país comprador. De cada 100 cordeiros exportados, 30 ficam para o país importador.
O Brasil, então, vai mal? Nada disso. O Brasil é o maior ou segundo ­maior produtor de açúcar, soja, suco de la­ran­ja, café, tabaco e carne bovina, e es­tá ocupando, rapidamente, posições fortes na produção de algodão, frango e carne suína. Além disso, o Brasil conta com o maior superávit comercial agrícola do mundo, US$ 34 bilhões, ou 5% do produto interno bruto, uma cifra que é a grande responsável por fa­zer com que o país tenha apresentado um saldo positivo na balança comercial. Se não fossem os produtos agropecuários, o Brasil seria deficitário na balança com o comércio in­ternacional. O campo sempre salvou o Brasil, apesar do Governo de cá e do governo de lá.
Para um país que luta para pagar a sua enorme dívida externa, as exportações agrícolas têm sido uma dádiva divina.
 
Trabalhar para vencer - A terra ao longo da costa brasileira vem sendo cul­tivada por muitas gerações, mas o futuro das fazendas brasileiras está no interior, em locais como o Mato Grosso. De fato, até 30 anos atrás, o cerrado despovoado estendia-se da fronteira com a Bolívia, ao sul, até a Floresta Amazônica, ao norte. Agora, o Estado é um grande campo verde plantado com algodão e soja, além de bosques ocasionais de eucalipto utilizado para a produção de celulose. “O que está acontecendo aqui agora é o que aconteceu no meio-oeste norte-americano no século 19”, afirma Chris Ward, um neozelandês que desenvolve atividades agrícolas no Mato Grosso há 20 anos. “As pessoas não vêm para cá para ficarem paradas, mas para vencer” - conclui. Como ele, outros estrangeiros estão cultivando terras no oeste baiano, Tocantins, Goiás, Pará, Amazonas, Rondônia, etc.
Com a redução progressiva do tamanho das propriedades, buscam-se alternativas lucrativas e, entre elas, vai crescendo a ovino-caprinocultura de cor­te, que tem um formidável horizonte pela frente. Se a Austrália chegou a produzir 180 milhões de cabeças de ovinos numa área pequena e diante de uma situação precária, o Brasil pode fazer muito melhor. Por isso já é comum pregar que um rebanho de 100 milhões de cabeças é objetivo quase imediatista para o país. É preciso sensibilizar a cadeia produtiva, consolidar os canais de escoamento da produção, abrir os olhos dos governos para os ovinos e caprinos de corte que podem ser um novo filão, como o foram os frangos e os suínos.
Está na hora de empresários enxergarem que não precisam ter terras, nem animais, podendo outrossim investir na própria cadeia, comprando produtos, embalando, distribuindo, exportando. Os empresários “vendedores” são a garantia de qualquer atividade econômica. Havendo os empresários “vendedores”, será muito mais rápida a multiplicação de “empresários produtores”. 
 
Publicado no Be 90





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