Página Inicial BUSCA no site












Estaremos em recesso no perí¯¤o de 21 de Dezembro a 10 de Janeiro.
Os pedidos realizados nesse perí¯¤o ser㯠processados apã³ essa data.

Feliz Natal e um Prã³°ero Ano Novo!


Matérias



Hora de enxergar cabras e ovelhas

- 01/12/2005

1 - Ninguém duvida de que o Brasil pode vir a ter um rebanho ovino de 100 milhões de cabeças e um caprino de 50 milhões. Basta analisar o desempenho de outros países e ver como o Brasil pode fazer muito melhor. Então por que não faz? Talvez porque sempre pensou miúdo. É um país graúdo, com intenção graúda, esperança graúda, mas ação miúda. Qualquer sócio-economista observa o Brasil e não consegue entender como um pedaço de chão tão rico, com quase 200 milhões de pessoas, vive tão mal. Poderia ser uma das potências do globo, mas não é.
As cabras e ovelhas servem como uma das explicações mais óbvias para esse descompasso. Bastaria o Governo enxergar que elas, cabras e ovelhas, constituem uma ferramenta essencial para fixar milhões de pessoas no setor rural, com empregos dignos, a um custo baixíssimo. De fato, bastaria dar aos proprietários aquilo que eles deveriam ter direito, naturalmente, ou seja, o crédito para plantar a riqueza no chão. No caso, a riqueza seria a multiplicação de cabras e ovelhas, produzindo carne, leite, pele e derivados diversos.
Isso é tarefa fácil para os produtores, pois são diplomados há séculos para esse mister. O que não tem dado certo - e levado os produtores à inércia aculturizadora - é que os sucessivos Governos nunca respeitaram as riquezas do próprio chão. É como se o país fosse um terreno destinado a produzir matéria-prima para empresas que estão lá longe, em outros países. Por isso, o maior vendedor de ca­fé no mundo é a Alemanha; o dono das patentes de produtos da Amazônia é o Japão; o dono do ferro brasileiro está lá fora; do alumínio; dos minerais estratégicos para armamentos, etc. Enquanto isso, o Brasil liquida as fábricas de armas, derrota os produtores que tentam colher cada vez mais, deixa as fábricas de tratores mudarem-se para a Argentina, etc.
Ou seja, tem faltado brasilidade aos brasileiros que comandam o país. Não é tarefa fácil pilotar um país como o Brasil, mas as cabras e ovelhas aí estão, mostrando como também não é tão difícil. É só valorizar o suor do homem que trabalha produzindo riquezas; não apenas o empregado, mas principalmente o proprietário, o pequeno e médio proprietário, responsáveis que são pela maioria dos empregos do país. Tão fácil e tão difícil de ser implementado. Paradoxalmente, chegam as notícias de que as organizações financeiras (agiotagem institucionalizada) estão lucrando como nunca na história do Brasil.
O maior presidente que o Brasil já teve foi a “vaca-louca”, sem dúvida! Foi esse formidável presidente, a “vaca-louca”, que impulsionou a soja e outros vegetais, além das exportações de carne. Os países do Primeiro Mundo descobriram a soja e a carne e, junto com esses dois produtos, muitos outros foram se agregando, permitindo que o Brasil disparasse nas exportações, facilitando a vida do atual comandante da nação. Essa onda ufanista no entanto jamais passou pela agenda de algum presidente: foi mesmo obra da “vaca-louca”.
Afora esse episódio da “vaca-louca”, resta a História que mostra como o país perdeu valiosos anos, pois não enxergou as cabras e ovelhas, exemplo da riqueza desperdiçada do país, e do esforço de empreendedores que - não acreditando muito nas falácias governamentais - estão consolidando uma nova atividade agropecuária para o país. Com o Governo ao lado, obviamente seria tudo bem mais fácil e rápido. Parece, no entanto, que o Governo está esperando uma “ovelha-louca”, um “ferro-louco”, um “algodão-louco”, etc. para impulsionar o desenvolvimento e uma melhor distribuição de renda para os brasileiros.
 
Publicado no Be 85





Link para esta p᧩na: http://www.revistaberro.com.br/?pages=materias/ler&id=344


Desenvolvido por Spring
rea do usuᲩo

 
Cadastre-se para acessar as mat鲩as restritas, clique aqui.

Esqueci minha senha!