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Eita Brasil bom & rico... com caprinos & ovinos será ainda melhor

- 01/10/2005

Muita gente gosta de pintar tudo de preto, mas o Brasil é um país cheio de coisas boas e de gente boa. Não é à toa que as maiores  empresas norte-americanas e européias estão afirmando que seu maior programa de  investimentos para os próximos 10-15 anos será no Brasil verde-amarelo. Claro que não estão colocando seu rico dinheirinho aqui apenas por piedade ou por conta das lamúrias e miserês tão veiculados pelas televisões. O brasileiro comum até já se acostumou a ver roubalheira, miséria, violência, e tudo que não presta nas televisões: é como se o país fosse uma ilha cercada pela maldade. Acontece que não é!
Já passou da hora de mudar a consciência de Jeca Tatu, ingênuo e ignorante, para uma consciência crítica sobre  o momento atual brasileiro. Quando os ricos falam abertamente que o melhor caminho é investir no Brasil, então alguma coisa está errada nas televisões e na política (ou politicagem) brasileiras.
As televisões semeiam confusão; os jornais mostram a desgraça, o estupro, as balas perdidas matando inocentes e - paradoxalmente - os gringos endinheirados continuam vindo para o Brasil? As empresas  espanholas e portuguesas já são maiores aqui do que na própria Espanha e  Portugal. Empresas de outros países já estão no mesmo caminho. Assim, está na hora de explicar o Brasil com  dados de pesquisa, sérios, em vez do tradicional “chutômetro” ou “jeitinho” aplicado a todo momento.
Um exemplo digno dessa confusão aconteceu na comemoração dos 500 anos do descobrimento. Os jornais estamparam para o mundo todo que existiam 5 milhões de índios no Brasil em 1500. Ora, se ainda há dúvidas de quantas pessoas vieram nas caravelas em 1500, como é que os jornais modernos sabem que existiam 5 milhões de índios? Qual o IBGE da época  ou GPS que mediu os 5 milhões? Algum doido diplomado, com base em especulações referentes  à mortalidade indígena infringida pelos espanhóis no México, chegou à conclusão  absolutamente absurda de que existiam 5 milhões de índios e isso virou “verdade”! O doido calculou que o Brasil era bem maior e, então, deveria ter proporcionalmente mais índios! Da mesma maneira, é comum ouvir que existem 120 mil desabrigados nas ruas de São Paulo, ou 45 milhões de  miseráveis no país, ou 400 mil crianças que morrem no Nordeste todos os anos, etc. O povo já se acostumou com esses números fantásticos e nem liga mais. A mentira - quando muito repetida - acaba virando prato-feito, ninharia.
Para passar de uma consciência ingênua para uma  consciência crítica é necessário conhecer aquilo que o mundo chama de “mercados maduros”. O que é isso? “Mercado maduro” é aquele em que o crescimento do consumo é equivalente ao crescimento da  população. Ou seja, quando a população cresce também cresce o consumo, pois as pessoas precisam comer, beber, dormir, morar, ter segurança, etc. Quanto mais gente com dinheiro na mão, mais consumo.
Há mercados que crescem, como o brasileiro, e outros que estão parando. Por exemplo: o consumo de cerveja nos EUA cresceu apenas 2% nos últimos 5 anos e deverá crescer apenas 2% nos próximos  5 anos: uma mixaria! No Japão, 35 prefeituras já exigem um atestado afirmando que “o comprador tem onde colocar seu carro”, antes de poder adquirir o veículo: pitoresco! Na Inglaterra, o consumo de biscoitos não cresce há 10 anos: incrível! - não nascem crianças.
Esses grandes mercados maduros (EUA, Europa e Japão), onde  se encontram as empresas igualmente maduras (IBM, Toyota, Electrolux), etc., precisam de mercados emergentes - onde o crescimento do consumo seja maior do que  o crescimento da população. Quais são esses maiores mercados hoje no  mundo? Apenas três: Brasil, Índia e China.
Entre estes três mercados, o Brasil é o melhor, pois a China tem 76% de sua população no campo; a Índia tem 72% e o Brasil apenas 22%.  Assim, o país que está mais preparado para consumir produtos de alguma tecnologia que não seja bicicleta, enxada, etc. é o Brasil e, por extensão, o Mercosul. Por isso as grandes empresas já estão aqui e querem investir mais e mais.
Investir no Brasil é um bom negócio? Claro que sim. A empresa estrangeira Nielsen, verificou os seguintes aumentos de consumo nos últimos 5 anos:
- 859% em fraldas descartáveis;
- 369% em mistura para bolos;
- 310% em alimentos para gatos;
- 282% em leite  flavorizado;
- 273% em alimentos para cães;
- 219% em leite longa-vida;
- 201% em massas instantâneas;
- 176% em cereais matinais;
- 116% em carnes congeladas;
- 81% em água mineral.
 
Estes são produtos de gente comum: nada de automóveis, televisores, computadores, para atender à classe mais abastada do país. Por conta desse fantástico aumento de consumo popular, o  Brasil é hoje um mercado que já apresenta alguns dados impressionantes, tais como:
 
- 1,3 milhão de lavadoras de  roupa - 82% mais que no Canadá - 4º maior mercado do  mundo;
- 8,02 trilhões de litros de  refrigerantes - 343% mais que no Canadá - 3º maior mercado do  mundo;
- US$ 1,3 bilhão em alimentos “diet”  ou “light” - saindo de US$100 milhões em 1990 com previsão para US$ 6 bilhões em  2010;
- 63,4 mil toneladas de creme dental - 456% mais que na Itália;
- 51,4 mil títulos de livros - 12% mais que na  Itália;
- US$ 1,2 bilhão em CD’s - 5º maior mercado fonográfico do mundo;
- 681,9 mil toneladas de biscoitos - 27% mais que no Japão - 2º maior mercado do mundo;
- 3 milhões de  geladeiras - 66% maior que no Reino  Unido - 4º maior mercado do mundo;
- 11 milhões de usuários da Internet - com crescimento vertiginoso;
- 95% das declarações de IR foram enviadas via Internet - 40% do total na América Latina e o  dobro do México.
 
Por que isso? Simplesmente porque apenas a chamada classe  média e emergente representam 35 milhões de famílias (IBGE). Somente este fabuloso “exército consumidor” corresponde a:
 
- 8% maior que a população da Alemanha, 
- maior que a República Checa, que a Bélgica, que a Hungria, que Portugal, que a Suécia, que a Áustria, que a Suíça, que a Finlândia, que a Dinamarca, que a Noruega, que a Irlanda, que a Nova Zelândia,
- maior que Luxemburgo e  Islândia juntos; 
- maior que a França e  Canadá juntos; 
- a um terço da  população dos Estados Unidos; 
- a 72%  da população do Japão.
 
Pouquíssimos brasileiros sabem que o Brasil  representa 42% do PIB (Produto Interno Bruto) da América Latina, incluindo o México - e que seu PIB  representa 13,3% do PIB total dos países em desenvolvimento, incluindo a China.  E quase ninguém sabe que:
 
- todo o PIB da Argentina equivale ao do Interior do Estado de São  Paulo;
- todo o PIB do Chile equivale ao da Grande Campinas (Ernest &  Young);
- todo o PIB do Uruguai equivale ao do bairro de Santo Amaro em São  Paulo;
 
Esse é o Brasil grandão que já foi descoberto pelas empresas multinacionais. Afinal, já é o 5º país do mundo em poder de compra, com mais de US$ 1 trilhão de dólares na carteira potencial. (Hoje o ranking  mundial do poder de compra é o seguinte: 1) EUA, 2) China, 3) Japão, 4) Alemanha e  5) Brasil).
 
Assim, é bom mostrar o lado positivo do Brasilzão. Se as televisões mostram 33 milhões de pobres, está deixando claro que também existem 150 milhões de “não-pobres”; e isso quer dizer muita coisa num mundo de mercados maduros. Já se sabe que dentro de mais 3 ou 4 anos, no máximo, o país estará praticando juros internacionais, ou seja, 10-12% ao ano e não ao mês.  Como a empresa brasileira é a mais “líquida” do mundo (não deve muito a bancos, pois - se dever - quebra!), o crescimento será exponencial, uma vez que todas as  pesquisas mun­diais mostram que o brasileiro é o mais “empreendedor”; dos  povos, incluindo aí o clássico “jeitinho”. Então o brasileiro irá  consumir muito mais, criando um círculo virtuoso de crescimento do  mercado. Por isso todos os bancos internacionais já estão comprando ou expandindo suas ações no Brasil. É um mercadão garantido, com o povo mais sorridente do planeta.
Assim, o futuro do Brasil é maior que o seu passado. A carne e o leite dão o exemplo da saudável ocupação das terras, com boa distribuição de renda. A carne bovina está abrindo caminho no mercado internacional e logo chegará a vez da carne de ovinos (mais de 100 milhões de cabeças, dentro de pouco tempo) e de caprinos (mais de 50 milhões de cabeças no futuro). Esse é um fabuloso mercado que está apenas engatinhando no Brasil.
O cenário da caprino-ovinocultura, portanto, como atividade alternativa da pequena e média propriedade - no país inteiro - é o melhor do planeta, pois poderá crescer mais de 2.000% na próxima década, gerando milhões de empregos e riqueza no campo. Basta produzir, pois as bocas existem, e estão esperando para consumir...
Assim, neste Brasilzão rico, tudo ficará ainda melhor, com os ovinos e caprinos, que são sinônimos de “caminho certo” para o majestoso futuro.
Publicado no Be 82.





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