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O besteirol governamental e as miúnças

- 01/06/2005

Os Governos brasileiros têm se caracterizado, nos últimos tempos, por jogar fora a chance de consertar o país, onde a renda fica nas mãos de 5% da população e a dívida galopante é dividida pelos 95% restantes. Metendo-se em embrulhadas políticas, o Governo esquece-se das pessoas que, uma a uma, constroem a nação. Os besteróis somam-se, todos os anos. Duas coisas já ficaram evidentes: a) o Brasil não fica atrás de qualquer país em termos de besteirol tecnológico; b) o Brasil é um líder em copiar besteróis "macaqueados" de outros países, principalmente dos Estados Unidos.
Os exemplos são muitos: o álcool da mandioca, o controle aéreo, o biodiesel de soja, o álcool por hidrólise da madeira. Em cada caso, o Brasil compra equipamentos obsoletos no exterior, ao mesmo tempo que se esquece que não tem rodovias, ferrovias e hidrovias para escoar a matéria-prima e - pior! - que não fornece crédito para os agricultores. Dá no que dá: para produzir 1 litros de biodiesel de soja vai gastar a energia de quase 1 litro de gasolina, e não há chance de melhorar, pois a soja ocupa mais terras que outras plantas energéticas.
Por macaquear os norte-americanos, o Governo sufocou o Proálcool, o sistema hidroelétrico nacional, e tantos setores industriais. Agora, o Governo fala em utilizar o hidrogênio: outro besteirol tão estudado no mundo com resultados decepcionantes, pois as perdas energéticas para a produção são enormes. Enquanto isso, o etanol ou o metanol ficam engavetados, bem como centenas de opções de fazer riqueza para as pessoas, em cada região ou situação. O Governo gosta de besteirol grandioso e faraônico e não pequenas iniciativas que ajudariam as pessoas.
Uma dessas iniciativas são os caprinos e ovinos. Seria tão barato e simples deixar os nordestinos ganharem muito dinheiro com caprinos e ovinos - coisa que qualquer sertanejo sabe fazer muito bem! Abundam os congressos, simpósios, etc. mas falta o essencial: o crédito para chegar diretamente às mãos dos produtores.
O mesmo acontece com o couro, com a pele, com a carne, com tantos produtos que - somados - proporcionariam milhões e milhões de empregos e boa distribuição de renda. Mas cadê o Governo para isso?
Nos últimos 20 anos, os Governos transferiram R$ 1,2 trilhão para os "bancos", ou seja, para os ricos. Tirou dos pobres para dar aos ricos! O Governo FHC transferiu R$ 71,4 bilhões por ano! O Governo Sarney transferiu R$ 65,5 bilhões por ano! O Governo Lula transferiu, até agora, R$ 60,8 bilhões por ano para os ricos. O Governo Itamar transferiu R$ 44,5 bilhões e, por último, o Governo Collor transferiu R$ 37,0 bilhões por ano!
Assim, os ricos continuam ficando cada vez mais ricos, apesar de tanta conversa-fiada nas televisões sobre democracia, sobre cidadania, etc. A verdade é que os governos mentem antes de assumir, mentem o tempo todo de sua gestão, e saem mentindo, sabendo que jamais serão punidos pela História.
Dentro de 20 anos, muitos cientistas estarão lamentando os estragos que o besteirol da transferência das águas do rio São Francisco provocarão no Nordeste, mas até lá, muita gente terá ficado rica e o Governo Lula terá feito muita demagogia nas televisões, dizendo que as criancinhas nordestinas terão água para beber. É muito estranho que esse centenário besteirol venha a eclodir justamente nas vésperas da campanha de reeleição de Lula!
Seria tão melhor se o Governo olhasse para o chão onde pisa e enxergasse as miúnças, as pequenas coisas com as quais sobrevive a maioria dos brasileiros. As cabras e ovelhas são um bom exemplo dessa incrível miopia governamental: uma imensa riqueza que poderia se consolidar em apenas 10 anos, bastando haver um bom Governo!





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