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Palma forrageira: um general contra a Seca

- 02/11/2012

Existe alguma forrageira capaz de alcançar 600 toneladas por hectare/ano de matéria

verde no Nordeste? Em solos de tabuleiro? Em região de Cristalino?

 

Depois de 30 anos de pesquisas, muitas andanças e observações no Semiárido, Guilherme Costa Lima, Eng. Agrônomo. e pesquisador da Emparn, acreditava que a resposta seria um categórico “não”. Por que um “não”? Simplesmente porque obteve 300 toneladas por hectare/ano com capim elefante irrigado! Mesmo assim, utilizando adubação pesada (química e orgânica), passando por seis cortes. O pesquisador havia concluído, então, que 300 toneladas em seis cortes, um a cada 60 dias, já era o máximo a ser obtido. Podia estar “correto” naqueles tempos, mas descobriu que, hoje, pode chegar a muito mais.

As pesquisas de Guilherme, com a cultura irrigada de palma forrageira na região Central do Rio Grande do Norte, uma das zonas mais desafiadoras do país para a formação de reserva alimentar para os rebanhos na longa seca, teve sucesso.

Segundo ele, os registros obtidos pelo IPA (Instituto de Pesquisa Agronômica), no estado de Pernambuco, apontam para produções de palma que quando adensadas e adubadas podem chegar a produzir 300 toneladas de matéria verde em dois anos, mesmo considerando a fragilidade dos solos de tabuleiro, reconhecido de pouca aptidão agrícola por ser muito raso e pedregoso. Poderia chegar a mais?

Para um grupo de pesquisa da Emparn, encabeçado pelo agrônomo Alexandre de Medeiros Wanderley, foi possível conferir este cultivo irrigado e adensado nos municípios de Lajes e Angicos. Pelos olhos de Alexandre foi uma das experiências realizadas que abalaram qualquer tipo de negativa.

“Ver plantios de palma, realizados em alta densidade (de 50 a 100 mil plantas por hectare - com espaçamento de 2,0 x 0,10 e 1,0 x 0,10 m), com irrigação por gotejamento de pequena intensidade (5 litros por metro, a cada 15 dias) e fertilização orgânica e química, alcançaram, segundo o agrônomo, não apenas 600 toneladas/hectare no primeiro ano de cultivo, mas rendimentos de 800 toneladas e até superiores a mil toneladas por hectare”, afirmou o engenheiro.

De acordo com Costa Lima, mesmo com pragmatismo dos céticos e a necessidade de comprovações cientificas, principalmente quanto à sustentabilidade da tecnologia e viabilidade econômica, os resultados preliminares podem ser considerados revolucionários, em termos de oportunidades para a pecuária regional, principalmente quando consideramos a otimização da irrigação, fertilização, regime de cortes, etc.

 

 

 

Toda propriedade com pecuária deveria ter sua plantação de palma, no Nordeste.

 

Diferentemente do que acontece em Pernambuco e Alagoas, a palma não tem bom desempenho nas áreas mais secas e baixas do Rio Grande do Norte, e mesmo os 160 cultivares introduzidos pela Emparn, oriundos de zonas desérticas do México, não obtiveram boa adaptação na região. Costa Lima lembra que os rendimentos obtidos, caso comprovados, seriam suficientes, associados ao feno de pastos nativos, para manter 50 vacas ou 500 ovinos por 10 meses de seca, com um único hectare da cactácea, bastando um quilômetro de cerca ao custo aproximadamente de R$ 5 mil.

Absurdamente, vários abatedouros de caprinos e ovinos do RN foram fechados pela falta de oferta constante de animais, apesar da enorme demanda nacional e internacional. Além disso, o preço na região para borregos precoces é alto, garantindo que o uso do General Palma pode multiplicar o negócio.

A energia da palma é comparável à do milho e, mesmo possuindo 90% de água, com um rendimento de 800 toneladas por hectare, garante 80 toneladas de matéria seca por hectare. O milho irrigado chega a alcançar produções da ordem de 8 toneladas/hectare em cultivo anual e - analisando os preços atuais - inviabiliza a pecuária no Nordeste.

Sem a palma forrageira, a pecuária nordestina somente tende a piorar, a cada ano.






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