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O Hampshire Down e seu papel no Brasil

Autor: Renê Guedes Dal Piaz - 14/11/2011

Foi a segunda raça com maior número de ovinos da Expointer 2011, com 108 animais, de 18 expositores. Esta foi uma das melhores exposições já vistas pela raça, com maior assistência aos julgamentos - um bom indicador de que o futuro está batendo às portas.

No momento, o Hampshire está promovendo uma nova oxigenação de sangue, importando da Argentina animais de excelente qualidade genética. Para os conhecedores da raça, a Argentina tem o melhor plantel do mundo. A base do rebanho argentino está na Inglaterra - onde a raça tem seu berço. Um dos rebanhos tem 50 anos de tradição na criação e melhoramento genético e 12 Grandes Campeonatos na Exposição Rural de Palermo, a mais importante da Argentina. Por enquanto, esta iniciativa tem sido fruto do esforço da Cabanha Ovelha Negra, da Cidade de Ibirama (SC), juntamente com a Cabanha Figueira, da Cidade de Farroupilha (RS). As fêmeas ­virão prenhes do Grande Campeão de Palermo 2011 que, para mim e muitos outros conhecedores da raça, é um dos melhores machos que tive a oportunidade de presenciar até hoje.

O Hampshire Down é muito utilizado, estando nos maiores países produtores de carne. Apresenta excelente volume corporal, desenvolvimento precoce e bom acabamento de carcaça, produzindo cordeiros muito lucrativos em prazo curto.

Pelo seu desempenho, no mundo, está se verificando significativo aumento na comercialização e no valor dos animais.

 

História

 

Surgiu na Inglaterra, fruto do cruzamento ancestral entre as raças Wiltshire Horn, Berkshire Knots. Mais tarde, já no início do século XIX, foi implantado um programa de melhoramento com a raça Southdown. A partir de 1845 a raça chegou à sua fisionomia atual.

Em 1859 foi reconhecida e, em 1889 foi fundada a Associação em Salisbury, iniciando o Registro Genealógico em 1890.

A raça Hampshire Down hoje é uma das mais difundidas no mundo; chegou à Nova Zelândia em 1861 e aos Estados Unidos em 1879. Está oficialmente no Brasil há 75 anos. A Associação Brasileira de Criadores de Ovinos Hampshire Down (ABCOHD) foi fundada em dezembro de 1981, atualmente com sede em Bento Gonçalves (RS). Há também a Associação Estadual no Paraná e núcleos em Santa Catarina, São Paulo e Mato Grasso do Sul.

No Brasil, a raça conta com um total de 20.559 animais registrados, estando difundida por 300 criadores, dentre os quais 114 criadores de animais puros de pedigree.

O livro “A Cabra & Ovelha no Brasil” descreve a raça Hampshire Down, anotando um rebanho em mestiçagem de 354.336 cabeças, sendo que cerca de 45.000 poderiam ser enquadradas como “puras”, sendo considerada como “raça em expansão” (pág. 225).

 

  

Desenvolvimento

 

Os cordeiros então prontos para o abate aos 90 dias, tendo um rendimento de carcaça em torno dos 25 kg - perfeitamente enquadrado no padrão internacional de carnes. 

u Destaca-se também como notável cruzamento industrial das raças ovinas, podendo alguns indivíduos atingir até 200% de parições - um exemplo do potencial de prolificidade.

u Muitos animais conseguem rendimento de carcaça chegando a mais de 55%.

u Em condições modernas de boa nutrição, muitos cordeiros chegam a apresentar ganhos em torno de 600 gramas diário, o que é muito lucrativo.

u O Hampshire Down é extremamente bem desenvolvido, chegando a atingir o dobro do tamanho de um carneiro de lã tradicional.

u Sua precocidade dá a vantagem de estar em ponto de abate com apenas 75 dias.

u O uso do Hampshire Down garante um rápido retorno, pois em menos de um ano já colhe os lucros da primeira parição, sendo comum o desmame de borregos, no prazo normal, já com 45 quilos.

 

Rusticidade

 

O cruzamento industrial com animais que não tenham resistência ao Pietin (Podridão de Cascos) resulta em produtos com maior resistência aos problemas de cascos. Os animais puro-sangue adaptam-se com facilidade em qualquer clima ou terreno. São dóceis, ­fáceis de conduzir, necessitando de pouca mão-de-obra para sua criação. Ótimos no aproveitamento de reservas de plantação nativa e são de fácil alimentação.

A raça foi cruzada com o Santa Inês, na Bahia, formando a raça deslanada “Ipirá”. Esta nova raça está registrada no livro de catalogação das raças brasileiras, “A Cabra & Ovelha no Brasil” (pág. 234), estudo promovido e publicado pela revista O Berro. Foi significante a contribuição da ossatura e fartura muscular no produto industrial, sendo um dos primeiros exemplos realizados no país. O genótipo “Ipirá” foi infundido em animais sertanejos, transferindo maior musculatura, ossatura e fertilidade. Foram feitas mais de 30.000 pesagens ao longo de 10 anos, para consolidar o Ipirá.

 

Lucratividade

 

É raça considerada como de conformação harmoniosa, em seus aspectos gerais. Apresenta vivacidade, agilidade e desembaraço - tanto o macho como a fêmea. Sempre apresenta um porte imponente, estrutura avantajada - nos animais puros.

Animal de fácil adaptação aos diferentes manejos encontrados no Brasil, o Hampshire Down garante, assim, uma alta lucratividade, por evitar estresses, sabendo viver em regime gregário, evitando predadores, etc.

 

Carne

 

A carne do Hampshire vem conquistando cada vez mais adeptos no mundo. Exibe massa corporal compacta e gordura proporcional, com uma composição estrutural, onde partes nobres de carne como pernil e lombo, são solidamente bem desenvolvidas. O rendimento de carne, por carcaça, ultrapassa, quase sempre, as expectativas. A carne é tenra, macia e saborosa.

O Hampshire, portanto, é grande e uniforme: seu corpo é comprido e simétrico, com costelas bem arqueadas, peito largo e bem desenvolvido. Apresenta lombos largos, bem cobertos de carne e quartos profundos, cheios, largos e fortemente desenvolvidos nas coxas.

Por ser uma carne macia, tenra, sa­b­orosa é de fácil digestão. É mais magra, com baixo teor de colesterol, quer seja consumida em casa, em restaurantes e churrascarias.

Tem como uma das principais características um excelente marmoreio, produzindo uma quantidade de gordura desejável de ômega-3 e ômega-6, que são muito benéficas para a saúde.

Além da carne, suas peles, tripas e miúdos garantem excelentes resultados em sua comercialização.

    

Reprodução

 

São animais fortes, pouco exigentes em partos. Embora seja raça de parto simples, vem crescendo o número de gêmeos, ou até mesmo trigêmeos. A prolificidade exibe fêmeas com 160% de nascimentos. Sua fertilidade pode proporcionar até dois partos por ano.

u Muita fertilidade e precocidade sexual.         

u Evidente habilidade materna. A ovelha revela total desvelo com suas ­crias, não as abandonando em momento nenhum.    

u Se a ovelha for bem alimentada, seu leite é farto, além do suficiente para as crias. Não há registro de mamites ou doenças de amamentação.

 

Lema

 

A Associação adota o slogan: “Crie Hampshire Down; cruze com Hampshire Down; uma verdadeira máquina de fazer carne”.






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