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Cara-Branca: o Cordeiro de Goiás

- 08/06/2011

Depois de enfrentar onças e outros predadores, o rebanho está com 3.000 cabeças; vai para 5.000 e já está incorporandomais 4.000 de terceiros, para manter um fluxo de abates próprios, vislumbrando até o mercado internacional.

 

 

O grupo CAVA CORDEIRO (Condomínio Agropecuário Vale do Araguaia) é pioneiro no Estado de Goiás onde, na década de 60, o saudoso João ­Marchesi, homem de visão, adquiriu grandes áreas de terra na região de Jussara para poder produzir gado de corte e também lavouras de arroz e milho.

A Fazenda Pau Brasil, hoje com área de 11.802 hectares, desde o início tinha ovinos para próprio consumo, ou para churrascos, presentear amigos, final de ano, etc.

Hoje a CAVA é de propriedade de Wagner Marchesi, sendo a terceira geração no mesmo local. A família Marchesi, é originária de descendentes de ita­lianos da região de Ribeirão Preto, onde Wagner foi pioneiro em produção de genética suína, importando vários animais da Bélgica, Alemanha, Itália e outros paí­ses da Europa. Após dedicar mais de 35 anos ao aprimoramento de suínos no Brasil, resolveu voltar o conhecimento acumulado ao desenvolvimento da ovinocultura. Vários critérios de seleção são utilizados na criação de animais do rebanho da CAVA, em molde empresarial, de larga escala.

Wagner lembra que foi um dos introdutores da raça Santa Inês em SP na década de 70, pois enviava suínos para o Nordeste - em especial para Pernambuco - e, na volta, os caminhões vinham carregados de ovinos. Lembra que, na época, os animais que chegavam eram bem diferentes dos de hoje. Tinham ­porte menor e eram mais leves.

“A grande maioria era de cores claras como amare­la, ou vermelha e vários animais eram pintados de preto e branco, ou verme­lho e branco. Não havia surgido ainda o San­ta Inês preto na região Nordeste" - comenta.

 Afirma ainda que os animais eram bem mais resistentes do que o Santa Inês de hoje, em vários quesitos, como verminose, adaptação às pastagens do Sudeste e problemas de casco. Diz Wagner que estas características de rusticidades foram perdidas e devem ser novamente buscadas não só na raça Santa Inês, mas em qualquer outra que pretenda ser criada em regime de campo.

 

 

 

Gerações cada vez melhores.

 

O projeto começou em 2005, comandado por Alexandre Marchesi, filho de Wagner, que teve interesse pela ovinocultura comercial, como forma de diversificação das atividades da fazenda. Lembra que, na época, a pecuária de ciclo completo (cria, recria, engorda) pas­sava por fase dramática, com preços baixos de arroba de carne de boi. Além do gado e dos ovinos, a fazenda possui ainda búfalos e cavalos crioulos. O início foi com 500 ovelhas, oriundas do MT, SP e MG.

Os problemas foram imediatos, pois ninguém conhecia o manejo exato e a mortalidade era muito alta. Era preciso profissionalizar, para se ter esta atividade como um negócio. Nessa ótica, foi cha­mado o médico-veterinário André Rocha para a elaboração de um projeto. Até hoje continua presente, sendo o responsável técnico da CAVA.

Wagner lembra que "a dificuldade estava na adaptação, pois muitos animais não eram acostumados ao regime de campo e, principalmente, em capim pobre como o braquiária, surgindo muitos casos de intoxicação. Além disso, não havia mão-de-obra em Goiás para ovinos, como continua não havendo. De fato, muitos peões de gado não gostam de trabalhar com ovinos, pois se sentem rebaixados em trabalhar com pequenos animais. As coisas começaram a se arranjar, quando restou apenas uma decisão: pagar um salário maior para o funcionário de ovinos. Então muitos decidiram abandonar o gado, para ganhar mais".

Outro problema muito comum eram os predadores, que tinham pouca sorte com o gado, mas que festejavam a chegada de pequenos ruminantes, principalmente de cordeiros recém-nascidos. Os principais predadores eram porco do ma­to, lobo, onça e tatu-peba, que arrastam o cordeiro para o buraco.

Conta Alexandre que "todas as dificuldades estão sendo superadas, através de manejo correto, nutricional, sanitário e cuidados com os rebanhos".

 

Cordeiro Cava

 

Hoje o rebanho é de 3.000 matrizes, pretendendo chegar a 5.000, já no ano de 2012, adquirindo mais matrizes e reservando as borregas nascidas. Além disso, a CAVA conta ainda com mais 4.000 fêmeas de parceiros, totalizando então 9.000 matrizes, para poder abastecer o seu frigorífico.

Os objetivos são:

- selecionar uma matriz de campo bem adaptada e rústica;

- matriz que sobreviva e seja lucrativa em regime de pasto;

- animais normais, sem gigantismo;

- ovelhas que sejam férteis e produzam um cordeiro de qualidade em cada ciclo, rigorosamente.

No início foram usados reprodutores de raças lanadas especializadas para corte, mas a adaptação não foi boa, comenta André Rocha. As peculiaridades do clima do Cerrado e o manejo em sistema extensivo podem ter sido os culpados pelo fracasso e, então, estas raças não foram mais utilizadas.

Atualmente, o rebanho é formado por 40% de deslanados, 50% de cruzas Dorper e White Dorper, em vários graus, e mais 10% de cruzas de animais lanados, que estão sendo substituídas por cruzas Dorper.

Os machos para cruzamento são exclusivamente, Dorper e White Dorper; as fêmeas, por enquanto, podem ser de qualquer raça.

Até o momento, a raça White Dorper vem se destacando, produzindo animais de melhor carcaça, com melhor índice e distribuição de gordura e ­fêmeas com maior habilidade materna.

A CAVA foi pioneira no uso do Dorper e White Dorper para produção de carne a campo no Brasil e no Estado de Goiás.






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