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Eita bode indecente!

Autor: Agenor Santos - 19/11/2010

A língua é viva e seu rei é o povo. Palavras antes condenadas podem se tornar adoradas. Assim, bode “formidável” (forma + davel = com forma diabólica) indica um animal sensacional; bode “bárbaro” significa maravilhoso; etc.

O cronista Agenor Santos, de Uauá, enviou a crônica sobre o agora bode “indecente”.

 

 

“Não, não é a maldade que você imaginou caro leitor, ofendendo com a sua maledicência o conceito do senhor bode! De repente vem a ideia de que esse bode começou a falar e está a espalhar palavrões e imoralidades aos quatro cantos, já demonstrando que aprendeu os maus costumes dos humanos, ou que está a exibir as suas partes íntimas de forma desrespeitosa! Não, nenhuma das hipóteses imaginadas se enquadra ou traduz o verdadeiro sentido do título dessa crônica.

 

 

 

A verdade é que no nosso dia a dia convivemos com expressões populares e corriqueiras, que encontram definições de matizes os mais diferentes possíveis. Às vezes são frases que denotam intenções maldosas ou debochadas e outras tantas apenas jocosas com tonalidades que ressaltam a subcultura urbana do duplo sentido. Como exemplo, lembro uma expressão que fere o machismo de alguns: “vai dar para almoçar hoje” e logo a resposta vem sem delongas: “ôxe, vai dar lá ele, vamos almoçar!”.

Voltando ao nosso querido bode de Uauá, de tantas e tão honrosas tradições, tão famoso em pé quanto assado no prato, a frase do título acima representa a expressão maior da alegria, do prazer da degustação, do desabafo da fome saciada com felicidade, do extremo limite da satisfação: “Este bode está indecente!”. Pela palavra indecente, esse bode seria então um ser obsceno e indecoroso, mas não é esse o verdadeiro sentido que passa aos demais integrantes da mesa; a expressão pronunciada num dos restaurantes de Uauá, pelo capixaba Lisarb – Brasil, para os íntimos - que o degustava com grande satisfação. O indecente, nessa frase, ganhou uma conotação de gostoso, delicioso, espetacular, fantástico, e era assim que realmente esse bode estava. De súbito, todos que estavam à mesa entenderam que a sua expressão refletia o sentimento de todos naquele momento e a concordância foi unânime. Logo, como bom observador, comentei com ele: Esta frase dá crônica!

Tudo quanto dele se fala, dando marca à cidade como a “Capital do Bode”, bem que já merece um tratamento melhor e mais respeitoso por parte de todos, principalmente das autoridades administrativas, entidades e técnicos em agropecuária, a quem cabe formular políticas produtivas que protejam essa grande riqueza do município.

Como a palavra “indecente’ ganhou uma nova conotação, um novo sentido, pela explosão do prazer degustativo do capixaba Lisarb, fica aqui sugestão ao Prefeito Municipal para que o símbolo maior da terra, o Bode, esse “indecente”, tenha um monumento erguido nas duas entradas da cidade, aproveitando a fase de urbanização desses acessos, para júbilo e alegria de todos uauaenses”.

 

 

Agenor Santos - Chefe de Gabinete da Prefeitura de Uauá (BA) -  agenor_santos@ig.com.br






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