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O FABULOSO MERCADO DE CARNE OVINA E CAPRINA

- 30/09/2010

Qualquer aumento no consumo brasileiro repercute intensamente no rebanho geral, pois ele está pulverizado em milhares de pequenas e médias propriedades, podendo atingir alturas não imaginadas.

 

Existe mesmo um mercado disponível para a carne ovina e caprina?

O consumo médio no Brasil ainda é de apenas 0,70kg/ano. Muito pouco, diante de outros países. Será que haverá evolução no consumo de carne ovina no Brasil? Comparando com outros países, é fácil observar que o consumo tende a ter um aumento muito grande:

u Austrália: 41,2 kg;

u Mongólia: 39,0 kg;

u Nova Zelândia: 36,5 kg;

u Islândia; 22,0 kg;

u Argentina: 7,0 kg;

u Uruguai: 6,23 kg;

u média mundial: 4,7 kg;

u África do Sul: 3,85 kg;

u China: 3,84 kg;

u França: 3,51 kg; etc.

 

O Brasil está apenas começando sua carreira na produção de carne ovina. Embora seja um celeiro de alimentos, o país continua deitado em berço esplêndido, sem alimentar adequadamente seu povo, pois as últimas estatísticas mostram que 82% sofrem de alguma carência alimentar. A recente introdução da carne de ovinos e caprinos no cardápio pode alterar esse quadro, em to­das as regiões, por se tratar de ­criação típica de pequenas e médias propriedades, ou mesmo de subúrbios de cidades.

Hoje, a carne de cordeiro e de carneiro já está se tornando presente em bons restaurantes e supermercados. Também está presente em festas e eventos de finais-de-semana. Também está incorporada à dieta de muitas propriedades rurais, no país inteiro.

Basta calcular um aumento - passando do atual 0,70 kg/pessoa para 1,7 kg/pessoa - para explicar a euforia dos atuais produtores. Mesmo com este aumento - que ainda manteria o Brasil fora da lista dos grandes países consumidores - já representaria a incorporação de um rebanho de cerca de 12,5 milhões de cabeças (carcaça de 16 kg)! Considerando uma reposição de 20% (normal) e taxa de desmama de 80%, esse novo rebanho saltaria para 19,5 milhões. Considerando o rebanho de fêmeas igual a 60% do rebanho total, esta incorporação iria somar 32,5 milhões de cabeças!

Lembre-se que a média mundial é de 4,7 kg/pessoa/ano! Para atingir a média mundial, o Brasil terá que ostentar um rebanho de 58,7 milhões de carcaças (de 16 kg, cada) - só para consumo próprio! Com reposição de 20% e desmame de 80%, saltaria para 91,7 milhões. As matrizes e machos para constituir essa produção de carne estaria por volta de 152,8 milhões de cabeças!

O problema, então, está em sair da fase inicial, que é sempre muito difícil. A velocidade do trem é determinada pelo vagão mais lento e, quando parado, é difícil começar o movimento. A produção de carne, no Brasil, está apenas engatinhando, encontrando vários problemas que estão sendo resolvidos à medida que surgem. A pecuária de bovinos levou 500 anos para consolidar o Zebu; a pecuária de ovinos está gastando apenas duas décadas e, na terceira, terá consolidado uma posição mundial.

O problema de aceleração está na consolidação da cadeia produtiva e não dentro dos currais. Por conta do crescimento empolgante, estão surgindo empresários fora das porteiras, comprando animais, confinando, processando e divulgando novas marcas. Por enquanto, o abate não-inspecionado é muito alto, ao redor de 90%, mas tenderá a cair e até desaparecer quando a atividade for atingindo a maturidade e o próprio mercado passar a exigir certificação das carnes.

 

Preço atual

 

Por que a atual aceleração no crescimento brasileiro? Em 2009 o Uruguai passou a atender outros países, com sua carne nobre, abandonando as remessas periódicas para o Brasil. Assim, os preços dispararam no Brasil, atingindo altura jamais vista. Enquanto o Uruguai estiver impedido de enviar carne para o Brasil, os produtores locais multiplicarão rebanhos e implantarão esquemas de produção, com sucesso. Bastou a notícia da retirada da carne uruguaia para surgirem dezenas de novos produtores de carne no estado de São Paulo! Muitos outros já arregaçam as mangas e estão entrando na atividade que se mostra muito lucrativa e prazerosa. Nesse momento, faltam matrizes para dar início a tantos rebanhos interessados.

Muitos fazendeiros arrendaram suas terras para os canaviais, ficando com pequenas glebas que, agora, poderão ser utilizadas na pecuária de ovinos e caprinos, com sucesso. Dessa maneira, estes fazendeiros não abandonarão a atividade dentro da qual nasceram e foram criados.

A produção de carne ovina vai crescer, exponencialmente, no Sudeste e Centro-Oeste, acompanhando o que já aconteceu com a bovinocultura. Irá ocupar os planaltos, planícies, campos e cerrados. Também irá ocupar as pequenas glebas relegadas pelos canaviais, pelos cafezais, pelas culturas de ­cereais em terras planas.

Como exemplo dessa afirmação, verifica-se que a ovinocultura é a atividade que mais cresceu em Mato Grosso nos últimos 10 anos. O rebanho saltou de 5.000 - em 1994 - para 275.000 em 2009, um crescimento de 5.500%, pelas estatísticas oficiais. Estima-se que a ovinocultura vá injetar cerca de R$ 5 bilhões até 2015 somente no Mato Grosso. Devido ao fantástico crescimento do rebanho e ao baixo custo de produção, a atividade está atraindo muitos fazendeiros com terras marginais disponíveis para os pequenos animais.

O rebanho do Mato Grosso, até 2020, deverá atingir 20 milhões de cabeças, crescendo mais de 70 vezes, ou mais de 7.000%. Nada demais, quando se verifica que há terra, experiência e mão-de-obra disponíveis. Faltam matrizes, só isso! “Nenhuma atividade cresce tanto como a ovinocultura; criar carneiros é a coqueluche do momento”, afirma Antônio Carlos Carvalho de Souza, coordenador da Comissão de Caprinovinocultura da Famato e da Acrimat.

O mesmo está acontecendo em São Paulo, Paraná, Minas Gerais, ­Goiás e parte de Tocantins.

A genética para esta expansão virá do Nordeste, ou do extremo Sul, ou do exterior. As variadas regiões brasileiras permitem toda sorte de formação de ecótipos!

 

 

 

Todas as regiões podem ter uma pecuária ovina lucrativa

 

Novos e velhos mercados

 

Todo esse progresso, tão divulgado constantemente na revista O Berro, tem sido calcado principalmente em:

1) carne;

2) - mesmo a lã grosseira tipo “carpete”.

3) pele;

4) leite;

5) alta genética (animais de exposição);

6) esterco.

 

Estas são atividades imediatistas, facilmente administráveis. Há, porém vários outros mercados que deverão frutificar, como já acontece em alguns países! Os principais “novos mercados” para os modernos empresários seriam:

7) ritualísticos - são animais destinados a agradar os deuses, semideuses, santos, oráculos, etc. As festas religiosas dos judeus, muçulmanos, cristãos e paracristãos demandam centenas de milhões de animais, a cada ano.

8) especiarias - feitas com chifres, gordura, sebo, testículos, ossos, pele, cálculos renais e biliares, etc.

9) caça ao carneiro ou cabrito - que fatura mais de 2 bilhões de dólares/ano, levando pessoas ricas ou aventureiras para diferentes países;

10) prestadores de serviços comuns - os mais comuns são:

a) Capinadores;

b) Animais de lazer ou de companhia (“pets”);

c) Cargueiras;

d) Tropeiras;

e) Guias-de-rebanho;

f) Regeneradores de solo;

g) Defensores de rebanhos;

h) “Cobaias” da ciência;

11) hotéis-fazendas - no mundo inteiro eles faturam mais de 20 bilhões de dólares/ano com seus minizoológicos;

12) pelos em geral - ainda persiste o uso de pelos de animais para diversas utilidades. 

13) esportes - para disputas ou lazer em várias regiões: bodeata, bodejada, pega-do-bode, rodeio, laçabode, catabode, crossbode, vestebode, bumba-meu-bode, bode-na-rua, bodalhada, bodeboxe, levabode, amarrabode, arrastabode. Embora a palavra seja “bode”, estes esportes são realizados tanto com ovinos como com caprinos.

14) "curiosidades"- são animais tipicamente resultantes de engenharia genética, tais como os ovicaprinos, os bovicaprinos, etc.

15) atividades relacionadas - artesanato, peças artísticas, eventos, jornadas internacionais, literatura especializada, transportadoras nacionais e internacionais, consultorias, patrulhas tecnológicas, etc. - que podem faturar também muitos milhões por ano.

 

 

 

O Dorper está presente na maioria dos currais






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