Pesquisa inédita em bem-estar animal caprino está sendo realizada na Fazenda Crioula, campo experimental da Embrapa Caprinos e Ovinos em Sobral (CE). A médica-veterinária Alice Andrioli, da Embrapa, avalia o desempenho das cabras leiteiras da raça Anglo-Nubiana criadas em sistema agrossilvipastoril.
Em Sobral, são 19 cabras em observação, criadas soltas numa das três áreas consideradas na pesquisa - florestal, pastagem e agrícola. Na primeira, o sistema é mantido totalmente inalterado, com a vegetação típica da Caatinga. Na segunda área da fazenda, foram introduzidas espécies gramíneas cultivadas em consórcio com a flora nativa. A terceira área é utilizada para a produção de alimentos como o milho, que pode servir de suplemento na ração animal no período de estiagem.
Os caprinos fazem o pastejo na segunda área, alimentando-se das gramíneas. Segundo destaca Alice, os animais experimentam o conforto ambiental, no espaço que oferece pasto em áreas com sombreamento. Do ponto de vista do bem-estar, as cabras pastejam livremente, expressando o comportamento típico da espécie. Antes, elas eram criadas no sistema de confinamento. Agora, aproveitam o ambiente natural. “Elas podem andar mais, expressando seu comportamento. São muito curiosas na exploração do ambiente. Experimentam o conforto térmico do espaço natural”, observa a pesquisadora. Explica que, uma vez que o objetivo do estudo é avaliar indicadores de produção leiteira dos animais nesse sistema, a experiência pode servir de referência para o estabelecimento de um modelo sustentável ao semiárido brasileiro.
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