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MAIOR CONSUMO DE CARNE DE BODE NO PARANÁ

- 10/06/2010

Só existe um caminho: arregaçar as mangas e enfrentar o desafio.

Depois, vem o sucesso, com certeza, como acontece no Paraná.

 

Produzir com foco no mercado: essa é a preocupação dos produtores rurais do município de Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, que se uniram e traçaram projeto para criação de caprinos. Desde a sua criação, há seis anos, a ação caminhou com foco no mercado consumidor. "Não adianta produzir, se não tem para quem vender", afirma a produtora e zootecnista Tatiana Gonçalves Mezzono. Para trabalhar de forma organizada, os produtores criaram a Coopercarnes. O início não foi fácil. O primeiro desafio foi vencer a questão cultural. O Paraná não tem tradição na caprinocultura. A maioria da população é formada por descendentes de italianos e poloneses que, predominantemente, consomem carne bovina, de cordeiro e de ovelha. Os produtores decidiram investir na caprinocultura exatamente porque acreditavam ser um novo nicho de mercado.

O primeiro passo foi buscar parce­rias nos 42 municípios que formam o sudoeste do Paraná. Logo no começo, foram capacitados 25 técnicos que repassaram o conhecimento adquirido aos produtores rurais. O segundo passo foi vencer a resistência que havia na região para o consumo da carne de bode. "Precisávamos tornar a carne conhecida pela população e incentivar seu consumo", diz a produtora. Um dos caminhos encontrados foi a participação em feiras.

"Conseguimos divulgar, derrubar mitos quanto à questão do sabor e à consistência da carne, apresentar sua varie­dade de preparo e promover cursos para chefes de cozinha", informa Tatiana. Com isso, os consumidores passaram a cobrar nos açougues a carne de bode consumida nas feiras, o que obrigava o comerciante a buscar o produtor. "Para nós, isso era ótimo. No início, nosso co­nhecimento se restringia da porteira para dentro. Da porteira para fora, na parte de comercialização, não sabíamos como fazer", lembra.

Com o apoio do Senar e do Senac, a cooperativa capacitou chefes de cozinha e donos de estabelecimentos no preparo e conservação da carne. Com o sucesso nas feiras regionais, os produtores passaram a buscar novos mercados. "Ao perceber que o desafio local já tinha sido superado, começamos a procurar os restaurantes de Curitiba. Descobrimos que a carne de bode oferecida nos estabelecimentos vinha do Uruguai.

 

 

O Boer tem grande estrutura para produzir carne

 

Com persistência e oferecendo produto de qualidade, conquistamos uma fatia desse mercado", relembra a produtora. Para fechar contrato com um restau­rante árabe de Curitiba, Tatiana teve que aceitar um desafio. Por dois meses os frequentadores, sem saber, consumiram a carne vinda do Paraná e depois a do Uruguai. Pelo sabor e maciez da carne, os consumidores optaram pela carne vinda de Francisco Beltrão.

Na Coopercarnes, o cabrito da raça Boer é abatido com, no máximo, seis me­ses de idade, o que evita uma carne rígida e de gosto forte. Até março de 2010, os produtores pretendem inaugurar o primeiro frigorífico especializado em abater caprinos e ovinos. O investimento vai custar aos produtores R$ 5 milhões, metade virá dos 25 produtores que integram a cooperativa. "Desde o início, há seis anos, cotizamos um valor mensal para essa finalidade", explica Tatiana. A outra metade está sendo financiada pelo Banco do Brasil. Atualmente, a cooperativa terceiriza o serviço de abate de um frigorífico de São Paulo.

 

Foco no mercado

 

A Coopercarnes já recebeu duas mis­sões árabes. "Eles querem uma quan­tia de carne que ainda não conseguimos produzir. Mesmo assim, eles ga­rantiram que vão aguardar a cooperativa aumentar sua capacidade", festeja Tatia­na. O novo frigorífico terá capacidade pa­ra abater 500 animais por dia. Hoje, esse número é de 900 animais por mês, totalizando 15 toneladas de carne de cabrito abatida. Cada carcaça sai a R$ 225, o que gera um volume de aproximadamente R$ 21 mil por mês.

Para reforçar a marca e o produto, a cooperativa encomendou pesquisa na Universidade Federal do Paraná para mostrar os nutrientes que a carne de ca­brito tem. "O estudo demonstrou que a car­ne é recomendável para cardíacos e diabéticos, já que possui alto valor protéico e baixos índices de colesterol.

Es­sas são informações que vão ampliar o nosso leque de oportunidades", disse a produtora. O próximo passo é investir em uma forte campanha de publicidade.

Para o técnico de Acesso a Mercados do Sebrae Nacional Francisco Cesarino, a Coopercarnes é um exemplo de projeto que nasceu com foco estratégico na comercialização. "São produtores que aprenderam a ultrapassar a porteira e irem para o mercado. Precisamos, cada vez mais, de empresas que te­nham esse tipo de comportamento. Não adianta ter um ótimo produto se não tem destino final garantido", afirma. Após a construção do frigorífico, a cooperativa será inserida no Projeto 'Comércio Brasil' do Sebrae.






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