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Começando um novo tempo

- 05/04/2010

A FEINCO, única exposição exclusivamente de caprinos e ovinos fora do Nordeste, é a mais elegante e luxuosa no mundo. É a vitrine que o Brasil tem de mais avançada, em animais e tecnologia.

Ano após ano, a Feinco tem demonstrado um avanço considerável, congregando os melhores criadores, empresários e investidores do país. Nada mais lógico do que acreditar que no recinto da Feinco vai se formando a consciência do futuro da atividade.

Em 2010, além do esperado brilhantismo empolgante das raças Dorper e White Dorper, a Feinco mostrou vitalidade com outras novidades: o aquecimento das cabra leiteiras; a presença em larga escala do Anglo-Nubiano; a marcante atuação do Santa Inês. Cada um desses eventos - além de vários outros - merece consideração particular.

As cabras leiteiras estão divulgando a formação de dezenas de novos núcleos no Sudeste, ao mesmo tempo em que Governos do Nordeste passam a comprar maior quantidade de leite, a exemplo da Paraíba que já decretou a aquisição de 30.000 litros/dia, tornando-se o maior produtor do país. Provavelmente, o Rio Grande do Norte, o Ceará e a Bahia não irão ficar atrás da Paraíba, augurando uma década de notável crescimento para as cabras leiteiras. Havendo escoamento garantido, os fazendeiros fazem o resto, permitindo a implantação de métodos sofisticados de melhoramento por meio de Registro Genealógico, exposições, leilões, etc. Outra boa notícia é a Expo Nacional de Saanen, reunindo mais de 700 animais em Leopoldina para 2011. Será o maior evento já registrado na América!

O Anglo-Nubiano arregaçou as mangas no Nordeste e, finalmente, despontou dentro da Feinco, até com Leilão. Foi apenas o prenúncio do que pode ser feito pela "raça caprina mais utilizada do Brasil". Paralelamente, a raça decide lançar uma revista, todos os anos, na Expo Nacional, por conta do Berro. Vai além e projeta o lançamento de um livro trilingue para mostrar ao mundo a pujança da raça no país, utilizando comprovadas ferramentas de melhoramento genético. O Anglo-Nubiano abre-se para a modernidade, para a ciência, e não poderia ser de outra maneira.

O Santa Inês mostrou que vive um momento de adequação aos novos tempos. Os empresários da produção de carne querem um animal com eficiência funcional: maior prolificidade, habilidade materna, precocidade de carcaça, com a carne dentro dos padrões internacionais. Raças internacionais já estão trabalhando nessa direção há décadas, mas o Santa Inês começou o trabalho, com afinco, há menos de 20 anos. Em tão pouco tempo já monopolizou a atenção dos brasileiros.

Neste momento, procurando maior objetividade, a raça buscou a orientação da ARCO que já está com projeto em andamento no Ministério para fortalecimento genético do Santa Inês. Os empresários, enquanto isso, vão observando o amadurecimento da raça, por meio do afastamento progressivo de todas as intrusões não-científicas que determinaram o rumo de milhares de criadores na última década. Agora, o Santa Inês irá seguir, exatamente como as raças internacionais, apenas parâmetros científicos. Por isso, a ARCO - a exemplo do que já aconteceu com a pe­cuária de gado - começa a proibir seus técnicos de Registro a darem assessoria técnica na comercialização de animais. Doravante, surgirão empresas de consultoria/assessoria capazes de fazer rastreamentos e triagens do que existe de melhor no país, utilizando métodos científicos. O "achômetro" vai ficando para trás. Até a Feinco, num gesto elogiável, implanta o DNA obrigatório, dando início ao que será o mais formidável Banco Genético do mundo ocidental.

O amadurecimento do Santa Inês é a melhor coisa que poderia acontecer na ovinocultura, tendo sido motivo de várias centenas de páginas na revista o Berro nos últimos anos. A pecuária brasileira precisa do deslanado, na linhagem materna de produção de carne. Nesse papel podem caber 100 milhões de cabeças, quando o Brasil atingir o status de grande produtor mundial de carne. Cabe ao Santa Inês, portanto, correr - agora - atrás da tecnologia genética e dispensar, rapidamente, os conselheiros que fazem parte do período poético em que o Nordeste transformou a cabrinha-de-corda em uma atividade rentável e capaz de redimir o sertão.

 

 

 

Rapidamente, o DNA vai orientar os produtores de carne e, então, estará decretado o final dos "assessores," como já aconteceu no gado. Na Feinco foram ouvidos os últimos estertores daqueles que ganharam muito dinheiro vendendo profecias ou aliciando incautos para a raça no velho tempo. Nada como a ciência para colocar tudo no lugar - como tem escrito a revista o Berro por mais de 10 anos, sem mudar o tom. O Santa Inês merecia um momento de reflexão, para voltar a brilhar com a genética que merece ser eternizada. O moderno produtor, seja sertanejo, seja empresário, merece todo respeito.

O foco permanente é a visão de um rebanho de gado que está em 207 milhões de cabeças e que, há menos de 30 anos, também não tinha tecnologia suficiente para ocupar um espaço no mercado mundial de carnes. Os produtores, todavia, arregaçaram as mangas, passaram a adotar tecnologias, patrulhas mecanizadas, técnicos universitários e, hoje, o Brasil ostenta orgulhosamente o maior rebanho comercial do planeta, sendo o maior exportador de carne - com espaço folgado para mais crescimento.

Na produção de carne ovina e caprina, o país chega ao mesmo momento de iniciar um novo tempo, dispensando as crendices e falastronices, dando espaço a novas e antigas raças deslanadas; com força nos caprinos; com aproximação das raças lanadas; com introdução de novas genéticas e com incorporação da melhor tecnologia do mundo. Esse é o Brasil da modernidade, um Brasil que vale a pena ser vivido.






Link para esta p᧩na: http://www.revistaberro.com.br/?pages=materias/ler&id=1311


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