Falando na Assembléia da República, Jaime Silva explicou que os 10 mil cadáveres de animais com registro têm de ser homologados pela Direção Geral de Veterinária para serem indenizados. O Estado tem 60 dias pa­ra fazer este pagamento. “O pagamento está pronto a ser feito, os agricultores podem enviar a documentação necessária, para não ter qualquer atraso”, realçou Jaime Silva.

Quando começou a cam­­panha já tinham mor­rido 5.360 animais, num total de 163.000, uma taxa de mortalidade que, na altura, o ministro considerou baixa (3,5%).

O primeiro caso de Língua Azul motivado pelo se­rótipo 1 surgiu em Portugal, a 21 de Setembro, na zona de Barrancos (Alen­tejo), tendo, em colaboração com os serviços veterinários espanhóis, sido obtida uma vacina con­­tra este serótipo. Co­mo explicou Jaime Silva, a campanha foi criada pa­ra enfrentar um problema novo, que não existia na Europa, e para o qual felizmente foi encontrada vacina.

O ministro afirmou que nas áreas afetadas pela doença não era necessário proceder à vacinação, porque ao fim de três semanas os animais não ­afe­tados adquirem anti­corpos. A campanha de vacinação é feita em animais com mais de três meses, sendo aplicadas duas doses de vacinas com um in­tervalo de 21 dias entre ca­da vacinação.