A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) começou a utilizar a cromatografia gasosa, que é usada na Síria para avaliação da gordura de produtos caprinos e ovinos, como carne, leite e queijos, além de peles. A cromatografia gasosa não é originária da Síria, mas é dominada e funciona bem no país, onde o pesquisador Marco Bonfim passou quatro meses em 2008. Por meio da tecnologia, é possível saber a qualidade da gordura dos produtos, e as quantidades, por exemplo, de gordura saturada no produto. O objetivo, segundo Bonfim, é abrir mais mercado para os produtos da caprinocultura e da ovinocultura, já que o consumidor procura alimentos cada vez mais saudáveis.
Em termos de manejo nutricional, ele ensinou a fazer monitoramento do metabolismo dos animais na diminuição dos alimentos. Pelo sistema sírio, os caprinos e ovinos recebem cada vez uma quantidade menor de comida para ver qual é o seu limite, ou verificar qual é a quantidade mínima de alimento para crescer e produzir bem, sem usar as suas reservas de gordura. “É preciso deixar um pouco de gordura para épocas de seca”, diz o chefe de pesquisa.
A Síria tem um rebanho de 17 milhões de ovinos e um milhão de caprinos. O país é o quarto maior exportador de ovinos do mundo e a criação de ovinos para produção de leite é uma das suas atividades agrícolas importantes. Há muita produção e consumo, de acordo com Bonfim, de leite e iogurte de ovinos. Os próprios criadores produzem iogurtes. A maioria é de pequeno porte, diz o nutricionista, e entre eles há os nômades beduínos, que vão migrando segundo disponibilidade de alimentos para os animais.
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