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As grandes colheres a diferença entre o Céu e o Inferno

Autor: Suely Ugiette - 08/12/2009

Li em uma revista a seguinte parábola: “Um homem morreu e chegou ao local onde deveria escolher entre o Céu ou Inferno”.

Foi levado primeiro ao Inferno. Lá che­gando viu enormes caldeirões cheios com uma comida muito mal cheirosa. O mau cheiro ia ­longe. Ficou espantado ao observar a imensa multidão de pessoas ma­gras, esqueléticas, andando de um lado pra outro, chorando. Todas carre­ga­vam uma colher enorme, com a qual ten­tavam inutilmente comer a horrível comida. Ficou abismado por tamanho sofrimento, pois a colher não conseguia chegar à boca.

Em seguida foi levado para o Céu. Logo na entrada sentiu o mesmo cheiro da comida. Ficou espantado. Ao entrar viu os mesmos caldeirões e as enormes colheres, nas mãos das pessoas. ­Estas, no entanto, estavam gordas, limpas e felizes. Achou aquilo muito estranho e perguntou ao acompanhante:

- Por que a diferença, se a comida e as colheres são as mesmas?

Seu acompanhante respondeu:

- A diferença é o egoísmo, a falta de união e de solidariedade. No Inferno, cada um pensa apenas em comer mais que os outros e, então, não consegue erguer a colher com comida até a boca. Assim, terminam todos infelizes e com fome. Aqui, no Céu, as pessoas ajudam umas às outras a erguer a grande colher com a comida até à boca, assim todos comem e ficam felizes.

- E onde está a grande diferença?

- Não é a diferença na comida e nas colheres que torna as pessoas felizes ou infelizes, mas é a diferença na hora de dividir, de compartilhar os bons resul­tados entre todos”. Quando todos aceitam compartilhar, todos lucram.

De repente, vi que eu estava pensan­do se isto não está acontecendo na ca­prino-ovinocultura: todos querem muitos lucros, querem ter  seu leilão e vender mais que os outros. Só o animal do Rebanho “xis” é bom e, mesmo que você te­nha adquirido um filho daquele animal, na hora que ele entra no seu rebanho já não presta mais. Até as leiloeiras estão fazendo de tudo para ter mais leilões que a outra, não importando o resul­tado final, mas apenas a vaidade de afirmar que fez mais leilões que as concorrentes.

Ouvi de uma pessoa ligada a uma lei­loeira, ao perguntar se o resultado  ha­via sido bom:

- Já vendemos 300 mil. O primeiro leilão Tal e Qual vendeu 230 mil” (valores apenas ilustrativos). Ou seja, era obsessão em dizer que o leilão presente era me­lhor que os outros, embora a pessoa estivesse citando leilões que haviam acontecido alguns anos antes e em outra rea­lidade! É um estelionato da verdade!

O resultado da tentativa de cada um ganhar mais com os grandes leilões (colheres) é que temos hoje 10, 15 leilões em 8-10 dias de exposições, fora os virtuais de quase todo dia. É uma amolação ver Leilão de Fulano, Leilão do Reba­nho X e Y, Leilão Disso e Leilão Daquilo - todos com preços baixos, todos camuflando animais não vendidos e prejuízos.

Muitos criadores compraram Grandes Filhos, as Melhores Doadoras, animais adjetivados como “Não existe matriz melhor que essa neste leilão” pelos “consultores”, os Grandes Campeões das exposições, etc., mas - ao ­tentarem vender ao lado dos grandes - não tiveram chance. Isto porque os animais foram classificados, de novo, pelos “consultores”, como apenas “razoáveis”. Os mesmos animais, nas mãos dos ­antigos vendedores eram “excelentes”, mas - nas mãos dos compradores - transformaram-se em “razoáveis”. Já vi o caso de um ani­mal “Extra” ser recusado apenas seis me­ses depois pela mesma “assessoria” que o vendeu como sendo “altamente qualificado”. O tal “assessor” teve coragem de dizer:

- Porque você não coloca um ­animal que atenda às exigências e caracte­rís­ticas do leilão? Como é que você bota um animal desses pra vender”?

De novo, o es­te­lio­nato do bom-senso.

Enfim, não seria me­lhor segurar as Grandes (Colheres) Leilões; ter menos lei­lões; com melhores resultados para todos: vendedores, compradores, assessorias, leiloeiras, tornando assim os criadores, ou até a cadeia produtiva feliz, com gordos lucros? Por que a ­ob­ses­são em prejudicar os outros?

Estamos vivendo uma crise ­mundial que trará conse­quências diretas ou indiretas em nossa realidade. Precisamos nos unir para evitarmos maiores problemas, fazendo estoques preventivos, tanto de fundos como de insu­mos. Precisamos repensar nossas atitudes, promover mais união e não rir tanto da desgraça dos ou­tros. Afinal, se o leilão dele foi mais fra­co isso é, sem dúvidas, um indicativo de que algo precisa ser feito, mas não é motivo para que me alegre com tal fracasso. O tombo existe, ­po­­­tencialmente, para todos!

Este me parece o momento certo pa­ra repensar nossas atitudes, começando todos a segurar na grande colher e fa­zer o lucro (alimento) chegar à boca de todos.

Feliz Natal e um Ano Novo de muita paz e saúde para todos que fazem nossa caprino-ovinocultura brasileira.

 

Suely Ugiette – Técnica do Serviço Registro Genealógico de Pernambuco.

 






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