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Raça Suffolk: A verdadeira raça Terminal

Autor: Giancarlo Antoni - 03/10/2009

Uma opção para quem procura qualidade de carne e ganho de peso com bom rendimento de carcaça.

 

Em tempos de crise internacional, a busca por alternativas para incre­men­tar os negócios e aumentar lucros precisa estar na pauta de todos os mercados. No ambiente da Ovinocultura não poderia ser diferente e por isso este artigo tem o objetivo de apresentar alguns pontos importantes sobre uma raça que já foi bastante valorizada há algumas dé­cadas e agora vem com tudo retomando seu posto como uma excelente opção pa­ra os criadores de ovinos, proporcionando sustentabilidade ao negócio.

A raça em questão é a Suffolk e a sua grande característica como raça terminal é um dos principais pontos para voltarmos nossos olhos para este animal.

Atualmente, o fenótipo ideal está na linhagem da Nova Zelândia. Isso é devido ao excelente programa de melhoramento genético desenvolvido naquele país, denominado “SIL” (Sheep Impro­ve­ment Limited), que leva em conta índi­ces e mensurações que vão aos poucos selecionando e gerando melhores animais, mais produtivos e eficientes.

Alguns exemplos de índices são: ín­dice global transmitido pelo carneiro pai terminal; índice  de crescimento  transmitido pelo carneiro pai terminal; índice de  carne transmitido pelo carneiro pai; ín­dice de sobrevivência de cordeiro transmitido pelo carneiro pai; peso no desma­me; peso vivo; peso de massa  magra; ca­pa de gordura; área de olho de lombo; sobrevivência de cordeiro e peso de carcaça.

SIL” é um diferencial para a linhagem da Nova Zelândia e o futuro Suffolk no Brasil. Foi desenvolvido para ser uma ferramenta para criadores e compradores de ovelhas, através do “Meat & Wool New Zealand”, um órgão regulador e con­trolador do setor naquele país. É, inclusive, mantido por contribuições dos próprios criadores.

SIL opera o banco de dados genéticos e proporciona valores genéticos e outras informações genéticas, tendo aces­­so aos serviços de líderes geneti­cis­­tas e especialistas da Nova Zelândia que estão continuamente trabalhando sobre os parâmetros genéticos para me­lhorar ainda mais a qualidade do rebanho da Nova Zelândia.

Todo esse trabalho é feito na Nova Zelândia com o objetivo de gerar ­maiores lucros para os criadores, porém sempre visando a qualidade e técnicas que não agridam o animal e o meio ambiente.

  

Por que é bom criar Suffolk?

 

Para os criadores há diversas razões para investir na raça. A procura no mercado de abate é maior e mais recep­tiva, o que proporciona a venda dos cordeiros por um preço mais alto.

O cruzamento com a raça Suffolk, seja no primeiro ou no segundo cruzamento, produz cordeiros com mais massa muscular, maior carcaça e com ­baixo teor de gordura. Os cruzamentos com Su­ffolk possibilitam também que tanto cordeiros machos quanto  fêmeas sejam abatidos, porém permitindo a opção de se reservar as fêmeas para futuras matri­zes de reposição, pois elas têm grande habilidade materna e produzem muito leite por um curto espaço de tempo, faci­litando o manejo no desmame, além de não terem propensão ao desenvolvimento de mastites. Na raça, há grande incidência de partos duplos.

A conversão alimentar do Suffolk é muito boa. Dessa forma, o cordeiro vai pa­ra o abate mais rápido, principalmente quando submetido a boas pastagens ou confinamento. No tricross, muitas ve­zes, é possível abater o cordeiro entre 90 e 120 dias. O animal nasce pesando en­tre 4 e 5 kg e esse peso ao nascer favorece um desmame mais pesado, além do índice de sobrevivência dos cordeiros ser mais alto. Também já nasce com muita agilidade e logo após o parto já procura pela mãe para se alimentar. A mãe, por sua vez, tem grande facilida­de para o parto, tanto por sua anatomia quan­to pela anatomia dos filhotes, que possuem cabeça mais estreita, não causando dificuldade no parto e nem estresse.

As peças, principalmente o Carré, têm uma proporção muito bonita e grande, em comparação com outras raças, e possui mais altura e volume, com ­tenra idade. A capa de gordura  do Suffolk é nor­­malmente entre 2 e 6 mm, bem distri­buída ao longo de toda carcaça, protegendo assim a carne contra ­queimadura provocada pela exposição dentro da câmara frigorífica. A relação carne x osso na carcaça também é diferenciada, pois os ossos do Suffolk não são excessivamente grossos, proporcionando um rendimento maior de carne na carcaça. Os res­taurantes gostam e procuram por is­so, pois sabem que, além da qualidade, o consumidor sai satisfeito e volta mais vezes.

Outra vantagem é o desenvolvimento de cordeiros mais homogêneos, trazendo maior padronização aos rebanhos. O padrão é criado rapidamente. Os machos Suffolk são reprodutores com muita libido e órgãos genitais bem ­formados, com circunferência escrotal muito boa, que tem alta correlação com fertilidade e prolificidade (facilidade para partos múl­tiplos).

Vale ressaltar também a seleção pa­ra  aprumos corretos e cascos re­sis­­ten­tes que possibilitam  aos animais loco­mov­erem-se  com facilidade, e conse­­quen­temente, se alimentarem e desenvolverem melhor.

 

 

 

As linhagens mais modernas também não apresentam altura “excessiva” das pernas e sim “apropriadas” para cruzamento com raças nativas brasileiras, como no caso da raça Santa Inês. Além de encurtarem o pernil, agregam massa mus­cular.

A carcaça comprida também dá me­lhor rendimento frigorífico, pois a diferença entre peso vivo e o peso da carcaça apresenta um rendimento de 46% a 50%. Na Nova Zelândia, o rendimento chega a até 55%, sendo esta uma das principais razões de se utilizar a raça Suffolk para produção de carne.

 

Cordeiro Paulista

 

Também de importância para a comprovação do valor desta raça, o  Campeo­nato Cordeiro Paulista (CCP), idealizado pelo Núcleo de Araçatuba e coordenado pela ASPACO, sempre apresenta cordeiros da raça Suffolk entre os vence­dores. O CCP tem como objetivos divulgar a carne ovina, conhecer a performan­ce das diferentes raças no desempenho do ganho de peso dos cordeiros em con­finamento, conformação de carcaça, promover o consumo de carne ovina, e principalmente, congregar os produtores.

O Campeonato Cordeiro Paulista já foi realizado nas cidades de Araçatuba, Botucatu e Bauru, mas desde 2006 as provas são unificadas no Estado de São Paulo, ocorrendo anualmente na cidade de Araçatuba.

A tabela acima é o resultado final da edição de 2008, em que a raça Su­ffolk aparece em 1° lugar do ranking.

Vale ressaltar que desde a primeira edição do Campeonato, em 2002, a raça Suffolk obtém ótimas colocações. Em 2002, ficou em 2° lugar. Em 2003, ­obteve a primeira colocação. Em 2004 e 2005, conquistou o 2° lugar. Em 2006, ocupou 1° e 2° lugares. Em 2007, manteve a segunda posição.

Já em 2008, voltou a ocupar o 1° lugar. 

 

Por que é bom consumir Suffolk?

 

Cada vez mais o consumidor procu­ra por alternativas saudáveis na alimentação. A carne de cordeiro Suffolk é uma excelente pedida não apenas pelo ­sabor, como também, pelo seu valor nutricional e por alguns fatores que devem ser conhecidos e levados em conta na hora da escolha da carne que será consumida.

A carne de cordeiro é muito mais leve e tem alta digestibilidade, ou seja, não pesa e não causa desconforto na digestão. Isso porque é uma carne sem acúmulo de gordura em nenhum ponto da carcaça e não contribui com problemas para o colesterol indesejável. A digestão é muito mais rápida e fácil.

 

Giancarlo Antoni - jurado da Arco e criador da raça Suffolk

Para conhecer mais e ver os resultados completos, acesse http://www.aspaco.org.br/cpaulista/

 

 

 

Histórico do Suffolk

 

Surgiu na Inglaterra, em 1776, quando Jonas Webb, criador da raça SOUTHDOWN, juntou-se a Samuel Webb, criador da raça semisselvagem NORFOLK. Ganharam fama internacio­nal ao cruzarem estas duas raças de ovinos, obtendo um tipo melhorado, conhecido como “CARNEIRO DE SUF­FOLK”, com coloração negra nos membros e na cabeça. Esse novo tipo de ovino recebeu então, o nome de “RAÇA SUFFOLK”, porém somente reconhecida em 1859, quando teve seu primeiro ingresso em exposições através de autorização da Associação de Agricultura. No Brasil, a Raça Suffolk foi intro­duzida na década de 50, com a importação de animais vindos da Inglaterra por Demétrio Xavier, criador do município de Dom Pedrito, Estado do Rio Grande do Sul. Seguiram-se novas importações nos anos 60 e 70, para outras regiões do país. Todavia, a expansão da raça somente ocorreria no início da década de 80, a partir de importações feitas da Inglaterra e Nova Zelândia.

A partir dos anos 90 houveram importações massivas dos Estados Unidos e Canadá.

Hoje, a Raça Suffolk está presente em todo o Brasil, com predominância nos estados da Região Sul, Sudeste e Centro-Oeste. (Fonte: Site ABCOS)






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