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O prejuízo da CAE

- 03/10/2009

Importante pesquisa avalia o impacto econômico do vírus da Artrite-En­ce­falite Caprina (CAE) para produtores rurais da região Nordeste. O trabalho pioneiro é da médica veterinária Roberta Lo­monte Lemos de Brito, elaborado como dissertação do mestrado em Zootecnia, parceria da Embrapa Caprinos e Ovinos com a Universidade Estadual do Vale do Acaraú (UVA), ambas com sede em ­So­bral (CE), sob orientação dos médicos ve­terinários, Raymundo Rizaldo ­Pinhei­ro e Alice Andrioli, ambos doutores em ­Ci­­­ência Animal e pesquisadores da Embrapa.

A pesquisa de Roberta foi desenvolvida entre agosto de 2007 e outubro de 2008, com cabras provenientes de cruza Anglo-Nubiana com Saanen, em campo experimental da Embrapa Ca­pri­nos e Ovinos. A observação constatou que o grupo infectado com o vírus da CAE produziu 26% menos leite, que os animais não infectados.

A análise físico-química do leite demonstrou que o grupo infectado teve redução de 5% do nível de gordura do leite. Isto, segundo Roberta, se o produtor optasse pela comercialização do leite, levaria à redução de renda em função do menor volume de leite produzido e, caso escolhesse produzir derivados (queijos, iogurtes, doces), ele não teria muito ­êxi­­to em agregar valor a esses produtos, de­vi­do à redução nos níveis de gordura no leite.

 

 

 

A dissertação também demonstrou que crias de cabras infectadas tiveram menor peso ao nascimento e, além disto, a taxa de 41,3% de infertilidade observada nesse grupo demonstra a influência do vírus CAE na reprodução, pois o manejo (em termos de alimentação, controle de parasitoses, entre outros aspectos) foi o mesmo dos animais sadios.

De acordo com Rizaldo Pinheiro - pesquisador da Embrapa e professor da UVA – o trabalho fornece importantes informações aos produtores rurais do Nordeste brasileiro, por ser o primeiro de avaliação de impacto da CAE na produção que toma como referência animais e condições ambientais do semiárido.

 

A CAE (Artrite Encefalite Caprina)

 

A Artrite Encefalite Caprina é doença contagiosa, causada por vírus da família dos lentivírus, que pode causar sintomas como inflamações nas mamas, pneumonia, articulações e encefalite. Em nenhuma de suas formas é curável. O contágio acontece principalmente pela ingestão de colostro ou leite contamina­dos, ou contato prolongado entre animais via secreção. A falta de cuidados na ordenha mecânica também pode determinar o contágio, bem como o uso de seringas, agulhas e tatuadores contaminados.

Segundo Rizaldo Pinheiro, a enfermidade já é considerada uma das prioridades do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para erradicação no país. O Ministério passará a exigir futuros exames para movimentação de animais, como exposições e vendas com dinheiro público.

Normalmente, o que se recomenda é que se a prevalência do vírus for de 5 a 10%, os animais do grupo contaminado sejam abatidos. Acima deste percentual, recomenda-se o isolamento, para que ha­ja manejo diferenciado entre os ­grupos de animais com e sem a doença, com o objetivo de evitar a contaminação do grupo sem a doença. O resultado final é um só: os animais com CAE devem ser su­bstituídos por animais sadios.

A Embrapa Caprinos e Ovinos implantou em 1994 um programa de controle da doença. Desde 2006, a unidade começou a produzir seu próprio kit de diagnóstico da CAE, utilizando a técnica de Imunodifusão em Gel de Agarose (IDGA). Além deste teste, atualmente o centro trabalha com outro que é o Wes­tern Blot, sendo este realizado de forma rotineira, fato este não observado em nenhuma outra instituição do país.






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