A crescente demanda por alimentos mais seguros sob os pontos de vista toxicológico e sanitário motiva instituições brasileiras de pesquisa agropecuária a investir no estudo de plantas como auxiliares no controle de doenças animais e de pragas na agricultura. As linhas de pesquisa são poucas, mas já há estudos de produtos com eficiência comprovada.
O projeto estuda até agora 12 espécies de plantas, como capim-limão, eucalipto, neem, fruta-do-conde, melão-de-são-caetano, hortelã e alecrim. O projeto verificará a eficácia de cada uma e selecionará as mais ativas, além de tentar desenvolver uma formulação com o extrato da planta. Por enquanto, bovinos, ovinos e caprinos são o foco do projeto. Na Embrapa Pecuária Sudeste estão sendo testados um vermífugo para ovinos e caprinos e um produto para controle de carrapatos em bovinos.
O carrapato bovino é responsável por prejuízos anuais de US$ 2 bilhões no país. O produto para controle já foi testado e teve bom resultado. Agora estamos em negociação com um laboratório. Já a pesquisa para ovinos e caprinos está sendo desenvolvida em parceria com a Unicamp, com teste de cinco formulações diferentes.
Além de eliminarem resíduos na carne, os medicamentos naturais mudam a rotina na fazenda. Em um rebanho convencional, a vermifugação é feita três vezes por ano. É preciso tirar o animal do pasto, levar para o tronco de contenção, o que gera muito estresse.
No rebanho orgânico isso não ocorre, pois usa-se homeopatia ou torta de neem, no sal mineral. O resultado é baixa na incidência de pragas, sem resíduos.
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