Página Inicial BUSCA no site












Estaremos em recesso no perí¯¤o de 21 de Dezembro a 10 de Janeiro.
Os pedidos realizados nesse perí¯¤o ser㯠processados apã³ essa data.

Feliz Natal e um Prã³°ero Ano Novo!


Matérias



Separando o leite da cabra e da vaca

Autor: Ana Gabriela Pombo Celles Cordeiro, Paul - 03/06/2009

Foram realizados testes por imu­nocromatografia para detecção da presença de leite bovino em leite caprino fresco e leite caprino com conservante (Bromopol), acondicionado em caixas iso­térmicas sem refrigeração, por até 72 horas. Foram também determinadas as acuracidades para detecção de leite bovino a 0,5%,1,0% e a 5,0%, em amostras intencionalmente fraudadas. A imunocromatografia acusou a adição de até 0,5% de leite bovino no leite caprino, tanto quanto avaliado a fresco quanto com a adição de conservante bromopol até 72 horas sem refrigeração.

O crescente aumento da produção, industrialização e comercialização do lei­te de cabra nas suas mais variadas formas de apresentação, seja leite pasteurizado, pasteurizado-congelado, em pó, em embalagens tetrapak (UHT) e o fato deste leite destinar-se principalmente ao uso terapêutico daqueles que apresentam intolerância ao leite bovino, motiva e mesmo exige das indústrias a implantação de técnicas para a avaliação da pureza do leite de cabra em relação à adi­ção de leite de outras espécies já no recebimento deste na indústria. Os métodos atualmente utilizados são demorados (1 a 4 dias), servindo ­basicamente para avaliação da pureza do produto final, sendo realizados em laboratório com equipamentos sofisticados e mão-de- obra especializada, Mayer (2004) e More­no (2004). Dos métodos que podem ser mais rápidos, destaca-se a imunocro­ma­tografia, testada quanto à conservação e transporte das amostras de leite até ao laboratório da indústria, como também da acurácia do método aos níveis de possível presença de leite bovino.

 

 

 

As 12 amostras de leite caprino utilizadas foram coletadas em seis proprie­dades e de cada produtor no momento da recepção pelo caminhão tanque, em frascos plásticos de 60 mL, e acondicio­nadas em caixas isotérmicas até a entrega ao laboratório. Foram realizados testes com 6 amostras do leite de ­cabra puro fresco, 6 com leite de cabra com conservante guardado por até 72 horas em caixas isotérmicas, sem refrigeração, e de 6 amostras fraudadas experimentalmente nas proporções de 0,5%, 1,0% e de 5,0% com adição de leite bo­vino. Foram utilizados Kits fornecidos pela CCA Laticínios fabricados pela empresa ZEU-Inmunotec S.L.- Es­panha, denominado IC-Bovino, que avalia a presença qualitativa do leite bovino no leite caprino, baseando-se na detec­ção de imunoglobulina – IgG - bovina presentes em amostras de leite, seguindo as instruções:  das amostras de ­leite de cabra retirou-se uma gota (25 µ) colocando-se em um pequeno tubo de en­saio e adicionou-se 6 gotas (150µ) da so­lução tampão de diluição.

Agitou-se ligeiramente e introduziu-se a fita reativa impregnada com o rea­gente, deixando em contato com a amos­tra durante 5 a 10 minutos. Em seguida, o resultado era interpretado conforme descrito na Figura 1 onde o resultado é negativo quando aparece uma linha transversal de cor azul na zona branca central da tira. Quando positivo aparecem neste local duas linhas transversais, sendo uma de cor azul e outra de cor ver­­melha.

Das 12 amostras avaliadas representando 6 rebanhos distintos, não foram percebidas quaisquer diferenças nos resultados, quando comparamos os 6 leites caprinos frescos sem conser­van­tes e as 6 amostras de leite caprino com conservante bromopol. Das 6 amostras fraudadas experimentalmente com a adi­ção de 0,5%, 1,0% e 5,0% de leite bovino, todas apresentaram resultados positivos.

 

Conclusão

 

A imunocromatografia conseguiu detectar a presença de leite bovino em um percentual de até 0,5 % no leite ca­prino. A amostra pode ser conservada com bromopol em até 72 horas após co­leta em caixas isotérmicas sem refrigeração sem alterações nos resultados. Pe­la rapidez de leiteira e confiabilidade, conclui-se que esta metodologia pode ser utilizada pela indústria como prática de rotina padrão para detectar a presença de leite bovino em leite caprino.

 

 

Ana Gabriela Pombo Celles Cordeiro é Acadêmica de Medicina Veterinária da Fundação Educacional Serra dos Órgãos -Teresópolis (RJ) - gabicelles@superig.com.br

Paulo Roberto Celles Cordeiro é Médico Veterinário, CCA - Laticínios - Nova Friburgo (RJ) - Brasil - paulo@caprilat.com

(Trabalho apresentado na forma de pôster (nº 134) na 42ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia - Julho 2005 - Goiânia).

 

 

Referências Bibliográficas

 

Mayer,H.K., Mayr,S. - Detection of cow’s milk in dairy products made from ewe’s and goat’s milk using PCR. International Symposium, Zaragoza-Spain October 2004. Moreno, N., Ares, J.L., Garrido, A, Serradilla, J.M. - Applications of Near Infrared spectroscopt (NIRS) to detecction of cows milk in goat dairy products. International Symposium, Zaragoza-Spain October 2004. Veloso,A. C.A.,Teixeira,N., Ferreira, M.A. - Detecção de adulterações em produtos alimentares contendo leite e / ou proteí­nas lácteas. Química Nova, vol.25, nº4  609-615, 2002.






Link para esta p᧩na: http://www.revistaberro.com.br/?pages=materias/ler&id=1092


Desenvolvido por Spring
rea do usuᲩo

 
Cadastre-se para acessar as mat鲩as restritas, clique aqui.

Esqueci minha senha!