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Conhecimentos necessários para agregar valor à carne ovina

Autor: Rafael Sílvio Bonilha Pinheiro - 10/05/2009

Atualmente, a carne ovina apresenta valor comercial muito maior do que de outras espécies animais, como a suí­na, a bovina e de aves. Tal fato está relacionado à demanda do produto ser ainda maior que a própria oferta; porém, não se sabe até quando esta situação vai permanecer principalmente nas capitais dos grandes Estados. As importações de carne ovina de outros países podem tornar o preço da carne ovina, no mercado interno, mais acessível causando desvalorização das carnes produzidas no Brasil, se estas não apresentarem algo diferenciado das que estão sendo importadas.

As indústrias que abatem ou que processam produtos de origem animal sempre estão buscando meios de agregar valor aos seus produtos, a fim de obter maior retorno financeiro e compe­titividade com as demais indústrias. Normalmente, os produtos com maior valor comercial apresentam algo diferenciado dos demais comer­cia­lizados. Tratando-se de carnes, esta diferença pode ser re­lacionada a vários fatores, sendo os prin­cipais: a segurança do alimento (condições higiênicas e microbiológicas), qualidade (físico-química e sensorial), praticidade de preparo, apresentação do produto, elementos em sua composição que auxiliam a saúde humana e outros atributos desejáveis aos consumidores.

Para agregar valor à carne ovina, existe uma infinidade de alternativas, e o sucesso de qualquer uma delas vai de­pender principalmente do conhecimento do mercado consumidor, que, possivelmente irá adquirir tal produto. A partir desta identificação, torna-se mais simples a estratégia para agregar valor ao produto a ser comercializado. A partir deste momento inicia-se a busca de co­nhecimentos (técnicos e científicos) das características desejáveis ao consumidor para se produzir tal produto, de acordo com a sua preferência. Sendo assim, provavelmente, poderá se agregar maior valor à carne, porém, é necessário conhecer o que se tem disponível no mercado para que se tenha um produto competitivo com os demais e que também esse produto tenha algo diferenciado que atraia o consumidor.

 

 

 

Quando se fala de comercialização de carnes, o processo de produção, o pro­cessamento da matéria-prima e a ­co­mercialização dos produtos são altamente complexos e dependem de ­vários segmentos da cadeia produtiva. A falha ou falta de profissionalismo de alguns desses segmentos poderá comprometer o produto final e com isso, acarretar o insucesso do produto a ser comercia­li­zado. É necessário, portanto, que os elos da cadeia produtiva estejam bem integrados e que todos os seus segmentos produzam com qualidade, para que a marca de um produto seja consolidada no mercado. A marca do produto trans­­mite aos segmentos de comer­cialização e ao consumidor boa impressão ou não.

 

Considerações finais

 

Antes de pensar em agregar valor à carne ovina, os segmentos da cadeia produtiva têm que conhecer o que os mercados buscam adquirir (tendências do mercado). A partir deste momento, po­de se pensar em agregar valor ao produto; porém, é indispensável conhecer como produzir, manipular e comercializar tal produto. O bem-estar é indispensável na produção dos animais, além do cui­dado no momento de transporte e ma­nejo pré-abate dos ovinos. 

Os ovinocultores precisam estar cons­cientes da necessidade de produzir animais padronizados e com qualida­de, no intuito de poder agregar valor aos mesmos, para tornar o sistema de criação rentável. O manejo correto dos animais, condições nutricionais e sanitá­rias adequadas, controle zootécnico do rebanho e das instalações são indispensáveis para o sucesso da criação. O con­trole e conhecimento dos gastos e das vendas praticados no sistema de produção são fundamentais para se saber a real situação do sistema, para possibilitar possíveis correções e melhorias no mesmo e viabilizar a atividade.

Estratégias de marketing para agregar valor à carne são necessárias por to­dos os segmentos da cadeia produtiva. Carnes provenientes de animais produzidos em sistemas de confinamento ou em sistemas de produção orgânica são normalmente comercializadas com maior valor agregado. Animais criados em confinamento proporcionam ao consumidor uma carne de melhor qualidade. Carnes oriundas de sistemas orgânicos de produção proporcionam ao consumidor alimento livre de resíduos quími­cos. Tem sido prática da indústria agregar valor à carne, principalmente, de ou­tras espécies animais, portanto, é necessário fazer o mesmo com a carne ovina para que ela seja mais competitiva e consolidada no mercado brasileiro e, em um futuro próximo, no mercado internacional.

 

Rafael Sílvio Bonilha Pinheiro é doutor em Produção Animal pela FMVZ/UNESP, Botucatu (SP). Artigo publicado no site FarmPoint.






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