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De olho dos cruzamentos, já!

- 10/05/2009

As boas notícias surgem por todos os lados: a FEINCO deu mostras de que o setor da ovino-caprinocultura está pronto para deixar a fase primitivista para entrar na fase profissionalizada; agora vem o Marfrig comunicando que todos podem produzir à vontade, pois há capacidade instalada para beneficiar e comercializar; ao mesmo tempo organizam-se grupos para implantar marcas próprias de carne; surgem novos estudiosos; e muito mais.

Dentro das porteiras já vai acontecendo a revolução silenciosa: muitos fizeram contas e verificaram que não vale a pena investir em leilões. Para estes, mais vale um bom dia-de-campo, confraternizando pessoas, levando ensinamentos e - por que não? - fazendo vendas. É um novo mundo que começa a existir, o das vendas por preços compatíveis e não mais a tentativa de preços lotéricos.

A ovino-caprinocultura chega, assim, à realidade, onde os animais realmente superiores - frutos de tecnologia aplicada - terão um valor diferenciado. Já aqueles que apenas foram comprados como se fossem também de genética diferenciada, ficarão para trás. Na hora de fazer contas, o animal tem que provar, na prática, que é realmente superior: não é a voz trovejante do leiloeiro que vai dizer se ele é bom, ou não!

O animal pode ser lindo, conquistar prêmios, mas nada disso diz que ele será um campeão dentro das porteiras. Só a prepotência genética é capaz de garantir a eficiência do animal, no trabalho. Na fase primitivista, o animal valia por seus ­prêmios, pelos elogios que recebia, pelos aplausos, etc.; mas - na fase profissionalizada - o animal vale por sua progênie. Só a progênie indica se o animal é um campeão, de fato.

Chega-se, então, à fase dos Testes de Progênie, das Provas Zootécnicas, e não apenas do registro genealógico. A pecuária bovina gastou 480 anos para chegar a esta fase - sem nunca ter exportado um grama de carne, de maneira sistemática; mas bastaram 20 anos para se transformar no maior exportador do mundo! A profissionalização faz milagres! A produção de cordeiros e cabritos tem a experiência acumulada do gado, como exemplo: basta seguir.

Na pecuária de gado, continua existindo aquela porção de pecuária primitivista, caçando pessoas vaidosas ou endinheiradas que pouco entendem do ramo e implantam fazendas luxuosas com animais também luxuosos: isso sempre fará parte do show pecuário, da vaidade de possuir animais campeões. É a pecuária-fantasia, ou loteria, que funciona no mundo inteiro. Por outro lado, a pecuária profissionalizada ganha os campos, dentro das porteiras, de onde sai a carne de exportação. A revolução, dentro das porteiras, não é ruidosa, como nas exposições, mas ela existe, justamente por fazer quase o contrário da pecuária primitivista: ela reduz a área ocupada, reduz os rebanhos, reduz até o porte dos animais, mas lucra em produtividade, ou seja, produz mais carne em menor espaço de tempo.

 

 

 

Isso significa adequar o animal às plantas, ao clima, ao solo, ao mercado. O animal campeão é o que passa por todos esses testes e não aquele que foi apenas julgado por algumas pessoas numa exposição. Os produtores de carne, dentro de suas porteiras, sabem quais são os seus campeões! Também visitam outros produtores e trocam genética de produção.

Na busca da produtividade, os cruzamentos são a grande oportunidade, pois o vigor híbrido aumenta em até 30% do lucro. O segredo está em saber para onde levar os cruzamentos, ou seja, em como e quando estabilizá-los. Isso é tarefa para fazendeiro com muito senso de observação e para zootecnistas aplicados, pois cada região e situação exigem uma fórmula adequada.

Sabendo que a “raça materna” é um deslanado e que este existe em fartura no mercado, chegou o momento de procurar a “raça paterna”, havendo uma boa fartura de raças semilanadas e lanadas, especializadas, no Brasil. Nos próximos anos, portanto, para atender o aumento na produção de carne, haverá uma corrida às raças lanadas e semilanadas, inclusive buscando algumas no exterior.

Quem investir em cruzamentos corretos, fizer Testes de Progênies rapidamente, com racionalidade, em suas fazendas, vai ganhar um bom dinheiro, pois todos estarão querendo reprodutores que funcionem, de fato!

O momento é ficar de olho nos cruzamentos, pois vai começar a ovinocultura lucrativa, de caráter definitivo, com os pés no chão. O final, já se sabe qual é: navios particularmente construídos para levar animais para o mundo inteiro, saindo do Brasil. Milhões de cabeças sendo exportadas, e milhões de toneladas de carne para socorrer a fome mundial. O cordeiro será concorrente do frango, com certeza. Pode não ser hoje, ou amanhã, mas será daqui a 10 anos: basta começar a investir, agora, para ocupar um lugar ao sol.






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