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Itens para otimizar meu reprodutor

Autor: Déborah Assis Barbosa Terencio - 20/03/2009

A puberdade pode ser definida como o momento a partir do qual o animal tem capacidade de se reproduzir, o que nos machos traduz-se com o início da produ­ção espermática. Na maioria dos carnei­ros, a idade à puberdade depende do pe­so, nutrição, raça e fatores ambientais e, normalmente, é atingida entre 5 e 9 me­ses de idade. Embora a puberdade tenha sido atingida com essa idade, o car­neiro só deverá ser considerado um re­produtor após atingir a maturidade sexual, ou seja, após aprender o comportamento sexual inerente à espécie.

 

 

 

 

Comportamento sexual

 

Ao observar o comportamento sexual da espécie, pode-se manejar o rebanho de maneira a diminuir possíveis falhas na reprodução por determinadas ca­racterísticas comportamentais inde­­-se­jadas e otimizar a monta, facilitando outras características desejadas e também utilizar uma correta proporção macho x fêmea.

Algumas características compor­ta­mentais dos ovinos:

u Ovelhas x borregas: Ovelhas maduras, em cio, formam um grupo ao redor dos machos, mantendo-se próximas a eles, ocupando grande parte do tempo. Como consequência, as borregas que não formam esses grupos e geralmente são subordinadas às ovelhas adultas, têm menor probabilidade de serem cobertas, se estiverem no mesmo lote das adultas. Por isso, as borregas reque­rem maior proporção de machos do que ovelhas adultas e devem, preferencialmente, ser acasaladas em lote separado das ovelhas.

u Predileção do macho: Em um grupo de ovelhas em cio, determinadas fêmeas irão receber mais atenção do macho do que outras, gerando competição entre elas e deixando de cobrir algumas fêmeas. Além disso, o repro­du­­tor tem pre­ferência por ovelhas da mesma raça ou semelhantes a ele.

u Dominância entre os machos: Ma­chos dominantes impedem os submissos de cobrir as fêmeas. Se o dominante for um carneiro de baixa libido e/ou estiver com o sêmen ruim, as taxas de fecundação e, consequentemente, de parição não serão satisfatórias - mais uma grande justificativa para que se rea­lize o exame andrológico antes da estação de monta.

Os carneiros formam uma escala de dominância sexual, que é a mesma que a observada na competição pela ração, sendo a última de mais fácil identificação.

Geralmente, os machos subordinados, ainda que separados do dominante, têm seu comportamento sexual repri­mido (menos montas e menos ejacula­ções).

u Comportamento entre machos: Carneiros que são mantidos juntos podem apresentar comportamento homossexual, o que dissemina epididi­mite (bru­celose ovina) e afeta temporariamente o comportamento sexual com as fêmeas - fora da estação de monta, man­tenha os reprodutores separados ou pelo menos os mantenha próximos às ovelhas.

 

Relação macho x fêmea

 

A melhor proporção macho:fêmea depende da idade das fêmeas, circunferência escrotal, idade e tamanho dos machos, além da topografia do terreno. Se o carneiro for saudável e fértil, e não houver restrição geográfica, um carneiro pode cobrir de 50 a 60 ovelhas. No caso de borregas, essa taxa deve ser reduzida entre 25 e 30 fêmeas; e no caso de machos novos (1 ano de idade), a taxa também deve ser reduzida.

 

Identificação de cio

 

Durante a estação de monta, é interessante usar alguma técnica que identifique a monta ocorrida. Para moni­torar as coberturas que ocorreram e as que deixaram de ocorrer, pode-se usar pintura do peito do reprodutor ou o auxílio de um buçal marcador.

A cor da tinta deve ser trocada a cada 15 dias para identificar as repetições de cio. Por exemplo, pode-se usar a sequência: amarela, azul e vermelha (totalizando 45 dias de monta).

 

Estresse térmico

 

Temperaturas elevadas por mais de 4 dias durante a estação de monta interfere na libido, na qualidade espermá­tica e no número de montas, sobretudo, em raças exóticas cuja maioria das raças é utilizada para produção de carne no Brasil.

O ideal é que os carneiros entrem em monta com um centímetro de lã, para evitar o estresse térmico.

O estresse térmico é um dos principais problemas que pode comprometer a monta e não é difícil, ao fim da mon­ta, encontrar degeneração testicular temporária, facilmente identificada pela consistência flácida dos testículos. Por isso, é aconselhável o uso da cobertura noturna, em que carneiros só serão expostos às fêmeas no fim da tarde e durante a noite e retirados do lote pela manhã. Durante o dia, os carneiros ficam em repouso em local sombreado e fresco.

 

Escore de condição corporal

 

Durante a monta, os carneiros irão diminuir a ingestão de alimentos e aumentar o esforço físico, consequente­mente, perderão peso e escore corporal.

Novamente a cobertura noturna facilita o manejo, possibilitando uma suple­mentação adequada aos reprodutores durante o dia, para trabalharem à noite.

 

 

 

Déborah Assis Barbosa é médica-veterinária da ANPOVINOS (SP), do Confinamento Onda Verde, especialista em produção de ovinos e facilitadora de Oficina Sebraetec. Artigo já publicado em Farmpoint.com.br.






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