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A grande transformação dentro da porteira

- 10/03/2009

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O Brasil passa por uma transformação significativa em sua pecuária. Os bovinos já passam de 200 milhões de cabeças: mais de 1,0 cabeça por habitante. O país já tem o maior rebanho comercial do mundo e é o maior exporta­dor de carne. Mesmo assim, apenas 3,5% do rebanho bovino de corte é inse­minado - o que permite acreditar que a situação poderá ser muito melhor, quali­ta­­tivamente, quando a alta genética chegar, de fato, aos campos.

Sobre os ovinos, se até 1985, a im­prensa falava apenas sobre a produção de lã, agora fala principalmente sobre carne e isto não é sem motivo. Na ovino­cultura, os investimentos em genética dis­pararam na frente, a ponto de não ha­ver borregos para abate. Todo novo criador já quer começar sendo um grande selecionador, pois ainda é relativamente fácil disputar e vencer nas pistas de ex­­posições. O momento, portanto, é de ex­­pansão na produção de carne com alta ge­­nética.

Segundo estimativas da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO) cerca de 60% do consumo nacional depende de carne importada. Ou seja, existe um mercado potencial.

“Existe uma lacuna entre a produção e o consumo”,  também comenta Décio Ribeiro, do Agrocentro. Pelas es­­ti­­ma­ti­vas, o consumo per capita nacio­nal é de 700 gramas por ano, enquanto na No­va Zelândia são 33 quilos per ca­pita”. Já o consumo de carne bovina gira em tor­no de 36 quilos per capita, no Brasil, devido ao profissionalismo cultivado nos últimos 150 anos de criação de gado Zebu.

“A carne sempre foi um segundo produto da ovinocultura”, afirma o proprie­tário da VPJ Pecuária, Valdomiro Po­li­­s­e­lli Júnior, mas nos últimos cinco anos, passou a ser artigo de luxo”. De fato, uma arroba de cordeiro vale R$ 140, enquanto a bovina gira em torno de R$ 80-90. Na avaliação de Poliselli, a criação de ovino em um sistema profissional tem uma rentabilidade de 35% a 40% ao ano: excelente como negócio quando compa­rado com qualquer outro ramo de atividade.

O criador Luís Roberto Dias da Silva, de Atibaia (SP), criador há sete anos da raça Santa Inês afirma: “eu vi que a ovi­nocultura podia ser uma importante fonte de proteína para o futuro”. O produ­tor começou o plantel voltado para a ge­nética, mas já está transformando a vocação de seus animais. “Os preços já es­tão ficando irreais nos leilões”, avalia. Segundo ele, como houve uma evolução neste mercado, agora o plantel de ­ovinos para abate começa a crescer e será o gran­de filão para o futuro, pois não sofre altas e baixas.

 Na VPJ Pecuária, o plantel é para a seleção genética, mas há dois anos a empresa abate ovinos em um sistema de integração - os produtores compram a genética da VPJ, que adquire, depois, o animal para o abate. Hoje o frigorífico abate em média entre 1,0 e 1,2 mil animais por mês, muito pouco para a capa­cidade do empreendimento, por enquanto. Isto significa que muita gente pode começar a produzir animais de corte, pois há escoamento garantido para a car­ne de qualidade.

 

 

 

Tudo é muito recente na ovinocultura de corte, no Brasil. Basta lembrar que a Tortuga, acreditando no crescimento des­te mercado, há apenas nove anos ­lançou os primeiros produtos de nutrição específicos para a atividade e, ­agora é fabricante de antiparasitários. Muitos novos produtos far­macêuticos e nutricionais serão lan­ça­dos pelas empre­sas. O Brasil está apenas engati­nhan­do na ovino-caprino­cul­tura de corte.

Em resumo: “a genética já está em um nível de desenvolvimento muito bom, mas existem poucos grandes projetos para a produção de carne”, afirma Paulo Schwab, presidente da ARCO. Schwab vai mais longe, afirmando que, se o brasileiro consumisse apenas 20% do que já consome de carne de gado, algo como 7,2 kg/ano, o rebanho nacional deveria ser de 100 milhões de animais! Se o re­ba­nho bovino já é o maior do planeta, o de ovi­nos também poderá chegar lá, com fa­cilidade. Afinal, não é muito comer um bi­fe por semana, ou 133,30 gramas.

Schwab acredita na ovinocultura de corte como fornecedora de proteína animal no Brasil, pois ocupa menos ­espaço no pasto que um boi.

Para dar maior credibilidade ao setor, a ARCO criou um projeto-piloto de cer­tificação da carne, que vem funcionando apenas no Rio Grande do Sul. O animal precisa ter até um ano de idade, com peso vivo entre 25 a 40 quilos e acabamento corporal de 2,5% a 4% de gordura. A intenção é que o “selo” seja na­cional. Schwab lembra que o ovino é um “animal completo”, pois além da carne, produz lã, leite, pele e estrume, além de especiarias. Do cordeiro nada se perde e muito se ganha.






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